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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

CONFLITO E PAZ



O CONFLITO que me habita é comum a está realidade. Contemplo a era da informação, e por mais piegas que seja, faço parte desta. Seja ela, tátil, olfativa, visual, sonora ou gustativa. Em alguma hora, minuto ou segundo, tentamos desesperadamente nos afogar em todas ou em alguns de nossos sentidos, nos expondo ao máximo por alguns trocados de uma moralidade corrompida ou destrutiva, bradamos por leis justas a nossa condição psíquica ou ao que ela representa, mas ao mesmo tempo em que nos policiamos, nos vendemos a imoral condição de um pesar mascarado e superficial, filhos de uma justiça branda e cega.

Uma era dos VÍCIOS, das AFIRMAÇÕES e das EMOÇÕES:

VICIADOS em nossas próprias “doenças” ou a algo que nos corrompa ou nos impeça de atingirmos patamares maiores, melhores ou que nos condicionem a entender melhor o mundo e como podemos agir neste, de modo que queremos ou gostaríamos de ser, sem nos sentir violados ou demonizados quando estamos expostos diante do outro. 

AFIRMATIVOS por demais “chatos” sejam nesta realidade ou em outra que beira e se integra a realidade eletro lúdica de nossos avatares e perfis que contemplam os “eus” cheios de poses e filtros que nos contem a algo supra-humano ou “divino”. Aspirações politicas, religiosas, filosóficas, mundanas e cotidianas a dizer o que gostamos, merecemos ou o que realmente prestamos a informar o que somos. Algo incorporado e profundo junto aos músculos e osso, mas estas condições não são somente afirmativas, mas auto afirmativas, fazemos do mundo nosso espelho e esperamos que este projete nossa imagética. Porem quando vemos o que nos é apresentado não gostamos e sentimos a impotência. 

EMOTIVOS e motivados por questões do coração e da irracionalidade. Somos cavalos velozes e viris, porém cegos e surdos, repletos de ambição e frágeis a qualquer flagelo da realidade, mas não extinguimos nossas violências e escarnio diante daquilo que se encontra em um ponto oposto ou distante ao nosso bel prazer. 

Corações inflamados ou cheios de ímpeto são consumidos mais rápidos. São explosivos e corrosivos assim que nem nossos corpos, estes seres que transmutam com o devir do tempo, que não aceitam isso de forma natural e previsível. Quem aceita é aquele que tenta contemplar a PAZ a esta realidade dentre tantas outras que passaram ou passarão por nós. Uns compreendem na aurora da vida, outros no meio do dia e outros no crepúsculo da existência. É algo que vai através de diversos fatores, seja o conhecimento, realizações, personalidade e também pelos impulsos eletroquímicos que temos a cada segundo ou de modo mais rápido que tal medida de tempo. 
Nesta maré interminável de palavras que um dia permearam minha mente não se estende nem ao centésimo pedaço ou parte do que absorvemos durante um simples DIA. Grande parte afunda em nosso subconsciente e só uma parte é que se mantém na superfície de nossas lembranças, e não adianta tentar resgatar algo, não depende apenas da força de vontade, mas também vem de modo inconsciente e tem a ver com o seu passado ou os passados que já viveu no seu dia-a-dia. Quase como um DEJA-VU interminável do hoje, mas de forma maior, mais rápida e agressiva. 
Não nos deixemos ser dominados e interagirmos a simples impulsos, já que você assim como tantos outros deseja realmente a PAZ no amanhã do seu ultimo suspiro e no ultimo cerrar dos olhos. Aconselho buscar no agora, porém não é fácil ou pratico, pois terá de se acostumar, mas se entregar as inúmeras realidades ao qual faz parte, expondo seu eu e expondo sua realidade diante de outros que estão em seu entorno, uma dança sem sincronia que às vezes é revestida com certa dualidade de CONFLITO e PAZ.

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