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sábado, 24 de dezembro de 2011

Um mundo em crise: reinventar os alicerces da modernidade!

Por André Martins


Em uma carta escrita a um amigo, em 1881, Nietzsche se diz estupefato por encontrado um precursor, Spinoza (cf.: Carta a Franz Overbeck, datada do dia 30 de julho de 1881. In Nietzsche, F. Oeuvres, vol.II, p.1272). Além de ver na filosofia de Spinoza a mesma tendência geral que a de sua própria filosofia – fazer do conhecimento o mais potente dos afetos –, reconhece-se ainda nela na negação de cinco conceitos capitais que constituíram os alicerces da Modernidade ao longo da história e até os nossos dias: o livre-arbítrio, as causas finais, a ordem moral do mundo, o desinteresse e o mal.


Um mundo sem finalidade e que não segue uma ordem moral – Leandro Chevitarese



Um mundo sem ações desinteressadas – Homero Santiago



Um mundo sem sujeito – João Constâncio



Um mundo onde conhecer é criar e afetar-se melhor – André Martins


No ocaso da Modernidade, quando ela já mostrava sinais inequívocos de fraqueza, Nietzsche reconhece que Spinoza, contemporâneo de Descartes, já fazia a crítica das falhas e inconsistências da Modernidade, no momento em que esta apenas ensaiava seus primeiros passos.


Hoje, os pilares do projeto moderno esmoreceram, queiramos ou não, e esses cinco alicerces seus parecem ter ruído. Mas como viver sem eles? Como viver neste mundo novo, como reconstruir nossa vida individual e coletiva sem esses parâmetros? Como abrir mão das ilusões e desilusões da Modernidade sem cair no pânico de não termos mais os apoios aos quais estávamos habituados?


Como, com a ajuda das filosofias de Spinoza e Nietzsche, reinventar novos referenciais para o mundo pós-crise, para a contemporaneidade pós pós-modernidade, é o que este módulo se propõe a investigar.



Fonte: www.cpflcultura.com.br




segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mercado aquecido atrai estudantes para curso de Museologia!

Quem vive de passado é museu, diz o ditado popular. Mas o carioca Nathan da Silva Marinho, 19 anos, costuma brincar que, em breve, quem vai viver do passado é ele, e com orgulho. Estudante de Museologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o estudante do terceiro semestre se debruça em livros de história, arte e restauração de acervos para, em breve, comemorar com um diploma o Dia do Museólogo, celebrado neste domingo, 18 de dezembro, e também realizar seu sonho: trabalhar no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O diretor do curso de Museologia da Unirio, Ivan Coelho de Sá, explica que, como o nome já evidencia, museólogos vivem de museus. De acordo com ele, o curso prepara o estudante para o mercado da arte, história e conservação. Classificação, conservação e exposição de peças de valor histórico, artístico, cultural e científico também são missões da profissão que, segundo Coelho de Sá, tem o dever social de "transmitir conhecimentos e desenvolver ações culturais por meio de acervos".

A importância do curso, porém, é relativamente nova. O professor, também museólogo, explica que foi a partir da reestruturação da área museológica, feita pelo Governo Federal, que veio a valorização acadêmica. No ano de 2009, o Estatuto de Museus entrou em vigor com uma lei que define regras para preservação, conservação e restauração dos acervos. No mesmo ano, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura, foi fundado com o objetivo de coordenar a Política Nacional de Museus, sendo que uma das iniciativas foi a de exigir diploma de Museólogo para quem deseja trabalhar em instituições de preservação histórica. Depois disso, todas as vagas para o curso da Unirio - 100 por ano - têm sido preenchidas. "Os índices de evasão têm diminuído gradativamente", destaca Coelho de Sá.

"Tudo isso foi essencial para valorizar a profissão", completa. O diretor do curso da Unirio afirma que o museólogo é o profissional mais completo para atuar nesta área, pois o historiador sai da faculdade com conhecimento em questão de conteúdo, mas não sabe lidar com a parte prática de um museu, que consiste em arquivar, preservar, catalogar. Já o arquivologista é o contrário: sabe a prática, mas não tem aprofundamento de conteúdo.

O estudante Nathan da Silva Marinho caiu de paraquedas nesta faculdade. "Eu queria História, não passei. Então decidi optar por Museologia e consegui pelo Enem", conta, relatando que considera o fato uma questão de sorte. "Eu me identifiquei muito com o curso. Se eu tivesse passado em História, teria cursado. Mas não seria um profissional tão completo para trabalhar em um museu", diz, destacando a disciplina de História da Arte como a sua preferida. "Mas também adoro a área de restauração de acervos", completa.

Já Glória Gelmini, 21 anos, descobriu sua vocação na infância. "Desde pequena eu tenho paixão por museus, não tinha dúvida do que eu queria", conta a universitária do 7º semestre da Unirio. Prestes a se formar, a carioca pretende continuar os estudos fazendo uma pós-graduação. "Quero ter mais certeza da área mercadológica que quero seguir. Mas o que mais me agrada é a área de pesquisa, conservação e documentação", conta.

Atualmente, a maioria das universidades federais e estaduais do País já oferece o bacharelado em museologia. Em todas, o curso tem duração de 4 anos e abrange disciplinas como história, geologia, paleontologia, história do Brasil, história contemporânea, filosofia, restauração de obras, arquivologia e mais. "Precisamos preparar o aluno em duas frentes: conteúdo histórico e prática para saber lidar com a demanda manual de um museu", define Coelho de Sá.

Outro atrativo atual do curso é a alta demanda mercadológica. O diretor explica que nunca se precisou tanto de museólogos como agora. Depois que o Estatuto de Museus foi criado e diversas iniciativas públicas foram feitas para investir no setor, a demanda por museólogos cresceu. Conforme informações do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), existem cerca de 3 mil museus no Brasil, todos em busca de profissionais preparados. "Anualmente, o Ibram abre concurso com mais de 50 vagas destinadas a museólogos para trabalho em instituições como o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e a Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, entre outros", diz o diretor do curso da Unirio. Centros culturais de empresas, fundações, institutos de pesquisa e galerias de arte são outras possibilidades de emprego.

"Além disso, com as inovações tecnológicas, abriu-se um novo campo de trabalho: os museus virtuais e as exposições de acervos na internet", completa Coelho. As cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro são as que mais oferecem emprego devido à concentração de museus e centros culturais. Mas, na Bahia e em Minas Gerais, o museólogo também pode encontrar boas ofertas, em razão da tradição desses locais em preservar a memória histórica.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terr

sábado, 10 de dezembro de 2011

Textos do Código Florestal aprovados na Câmara e no Senado serão comparados!


Bancada ruralista não quer pressa na votação do projeto na Câmara



A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai realizar, na próxima terça-feira (13), um debate entre os parlamentares, para comparar o projeto que muda o Código Florestal aprovado na Câmara com a proposta sobre o tema aprovada na última terça-feira no Senado. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) defende que o tema seja melhor debatido na Câmara. Por isso, não quer pressa na votação da proposta que muda o Código Florestal.


Foi Caiado quem pediu a realização do debate na Comissão de Agricultura. Ele critica a proposta do Senado e defende que ela seja derrubada na votação que ainda vai ocorrer na Câmara, para que siga para sanção presidencial o texto elaborado pelo então deputado Aldo Rebelo, hoje ministro dos Esportes.


Caiado afirma que, caso entre em vigor o projeto do Senado, 85 milhões de hectares de terras deixarão de ser produtivas.


"No projeto da Câmara, nós temos o seguinte: as áreas produtivas nós aceitaremos como áreas consolidadas - elas continuarão produzindo. Isso faz com que o produtor rural tenha uma garantia sobre as áreas que já estão produzindo nesse País. O que o texto do Senado diz? Nas áreas que estão produzindo, nós ainda vamos retirar, em áreas de preservação permanente, mais em reserva legal, 85 milhões de hectares. Isso é um dado oficial do Ministério da Agricultura", afirma o deputado da bancada ruralista.


“Ilegalidade”
Ronaldo Caiado diz ainda que os relatores do Código Florestal no Senado, senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC), impuseram aos produtores rurais tantas exigências burocráticas que farão com que eles fiquem na ilegalidade. O deputado acredita que apenas grandes grupos empresariais vão conseguir atender às medidas aprovadas no Senado.


"Primeiro, pelo custo e o quanto onera o produtor. O produtor até 100 hectares tem um custo de todos os relatórios que tem a apresentar quanto a inventários em torno de R$ 25 mil. Em segundo lugar: todos são obrigados a assinar um TAC [Termo de Ajuste de Conduta], que já estão criminalizados, e se aquelas áreas [de preservação ambiental] não forem recuperadas, as suas propriedades imediatamente já estão confiscadas ou impedidas”, protesta o deputado.







Na opinião do deputado João Paulo Lima (PT-PE), o relator do projeto na Câmara, Aldo Rabelo, não conseguiu sintetizar os interesses da sociedade civil, dos ruralistas e dos ambientalistas. Ele reconhece que os pequenos produtores enfrentam grandes dificuldades, mas acredita que o texto aprovado no Senado está de acordo com as novas exigências ambientais.


"Não podemos justificar a destruição do meio ambiente em função do pequeno produtor. O Estado tem que assegurar essas condições. E essa é a posição, eu acredito, mais moderna e mais socialmente aceita pelos ambientalistas do mundo."




Íntegra da proposta:



Reportagem- Renata Tôrres/ da Rádio Câmara
Edição- Mariana Monteiro


domingo, 4 de dezembro de 2011

Jogo Justo é aprovado!

Após meses de campanhas, dezenas de blogs e sites apoiando, 8530 twittadas, 37 infográficos sobre impostos, a aprovação de 6 deputados e 2 senadores, o projeto “Jogo Justo” finalmente foi aprovado.

A notícia foi confirmada pelo próprio twitter do jogo justo nesta quarta-feira, 30 de novembro. E pretende reduzir os impostos absurdos cobrados por jogos no Brasil.

O projeto passou pela Comissão de Ciência e Tecnologia e Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados com a aprovação de caráter conclusivo (significa que não precisa passar pelo Plenário). A proposta dá aos games os mesmos benefícios de redução de impostos previstos pela Lei de Informática, que reduzem os Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) aos fabricantes que investirem parte de seu futuramente em pesquisas e desenvolvimento para o mercado brasileiro. Os jogos também serão beneficiados pela Lei 10.865/04, que reduz a zero os impostos sobre jogos importados para uso domiciliar, a mesma aplicada a livros e filmes.

Mas, antes da medida entrar em vigor, ela ainda deve ser revisada pelas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Finanças e Tributação, e é claro, pela Presidenta da República Dilma Rousseff.

Fonte: http://www.cafecomgames.com/