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sábado, 23 de abril de 2011

Planos setoriais implementam ações relacionadas ao clima!





Cristina Ávila



O Brasil começa a colher os resultados das operações realizadas para o combate ao desmatamento na Amazônia - o que significa a redução das emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, o cumprimento das determinações da Política Nacional de Mudanças Climáticas (Lei 12.187). Além do controle de danos ambientais na Amazônia, a legislação prevê planos para 11 setores que se relacionam à infraestrutura do País.


O Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAm) iniciou em 2004, mas ganhou ênfase quando a Política Nacional de Mudanças Climáticas foi publicada em 2009. "Agora temos mais força nas ações", observa o coordenador do plano, Mauro Pires, do MMA.


Ter mais força, segundo ele, significa, por exemplo, que "como lei, agora a meta de redução dos desmatamentos não é só compromisso do governo federal". Assim, o MMA está trabalhando para o que os estados assumam suas responsabilidades e implementem os próprios PPCDAms. Pará, Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Amapá e Acre já finalizaram seus textos.


Os resultados das operações de combate ao desmatamento se veem na prática. Embora o País ainda não tenha alcançado as suas metas, já tem motivos para comemorar resultados positivos. Neste mês de abril, por exemplo, Querência (MT) deixou a lista dos 43 municípios do Arco do Desmatamento, depois de conseguir realizar o Cadastro Ambiental Rural em pelo menos 80% de seu território. Paragominas (PA) foi o primeiro a sair da lista, no ano passado.


Em Querência, isso significou que a média de desmatamentos caiu 60% nos últimos dois anos, em relação à média de 2005 a 2008. Fazer parte do Arco do Desmatamento, significa que os produtores estão em situação irregular em relação a questões ambientais, e isso se reflete em restrições ao crédito e em imagem comercial denegrida.


Perspectivas - "Partimos agora para sete novos planos setoriais. Aprendemos muito com os cinco primeiros, e a metodologia adquirida servirá para a conclusão de todos até dezembro", afirmou, nessa segunda-feira (18/4), o secretário nacional de Mudanças Climáticas, Eduardo Assad, na reunião do grupo executivo (GEX) coordenado pelo MMA e integrado por mais seis ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.


A experiência obtida na formulação dos planos setoriais servirão para a revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que deve ser revisto a cada dois anos. Já estão prontos os planos de ação para a prevenção de desmatamento da Amazônia e também para a prevenção do desmatamento e das queimadas no Cerrado, além do plano decenal de expansão de energia.


Estão em fase de finalização o plano para a consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura, e o plano para redução de emissões na siderurgia. Por determinação do Decreto 7390, de 2010, todos os planos setoriais devem estar prontos até 15 de dezembro deste ano.


O secretário Assad anunciou que começam agora as definições necessárias para das início dos planos setoriais que se referem ao transporte (cargas e passageiros), indústria (transformação e bens de consumo duráveis), indústria química, mineração, construção civil, serviços de saúde e indústria de papel e celulose.


"A reunião do GEX definiu como serão os trabalhos neste ano e como se dará o andamento da revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas", observa Karen Silverwood-Cope, gerente de Projetos, da Coordenação de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, do MMA.


Karen Silverwood-Cope informa que dois temas relevantes devem entrar na pauta de discussões do grupo executivo: aquicultura e pesca e também orientações para o País sobre a política de governo para adaptação às mudanças climáticas.


Grupo Executivo - Na última reunião do GEX, o Ministério da Pesca e da Fazenda mandaram representantes, para explicitar a disposição de integrar o grupo.


Os ministérios que atualmente o integram são MMA, Casa Civil, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores, Minas e Energia, do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento, Indústria e Comércio e o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.




ASCOM



Fonte: www.meioambiente.gov.br

Novas perspectivas no uso de satélites serão apresentadas em Curitiba!

Cerca de 2 mil pesquisadores e especialistas em tecnologias relacionadas a satélites são esperados em Curitiba para mais um Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto – XV SBSR, que será realizado entre os dias 30 de abril e 5 de maio no Estação Convention Center. Em comparação, a edição de 2009, em Natal, recebeu 1.400 participantes.


Promovido em diferentes cidades a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Sociedade de Especialistas Latino-Americanos em Sensoriamento Remoto (Selper), o SBSR é o maior evento nacional do setor e a cada edição cresce em número de participantes, submissão de trabalhos científicos e na programação de sessões especiais.


A exploração do pré-sal, a agricultura nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o monitoramento de queimadas, as mudanças no uso da terra que causam impacto no aquecimento global, entre outros, são exemplos de temas que serão discutidos no decorrer do SBSR, que traz as novas perspectivas para o uso de dados de satélites no Brasil e no mundo.


Pode-se afirmar que o SBSR é um conjunto de eventos, tantos são os cursos, workshops, palestras internacionais, mesas-redondas e reuniões paralelas. Com um diversificado programa acadêmico, nesta edição apresentará em sessões orais e de painéis (pôsteres) 1.207 trabalhos, selecionados por uma comissão técnica que recebeu quantidade recorde de submissões.


A programação inicia com 10 cursos, que acontecem no sábado (30) e domingo (1º). A noite de domingo é reservada para a abertura oficial e inauguração da exposição técnica, que traz os principais projetos e novidades de empresas, instituições públicas e organizações não-governamentais com atuação na área de sensoriamento remoto.


Ainda na cerimônia de abertura, os participantes conhecerão os cinco melhores trabalhos submetidos na categoria Iniciação Científica. No encerramento, em 5 de maio, será a vez de premiar as 12 melhores apresentações na Sessão Interativa de Painéis - Comunicação Visual Científica.


Devido à variedade de aplicações do sensoriamento remoto, as atividades do SBSR destacam temas diversos como Poluição, Saúde, Mudanças Globais, Ambientes Urbanos, Floresta, Agricultura, Geologia, Hidrologia, Oceanografia, Monitoramento Ambiental, Cartografia, Sistemas, Sensores, Processamento de Imagens, Geoprocessamento, Educação, entre outros.


Até o próximo domingo (24), é possível realizar inscrições online, pelo site do evento. Após esta data, as inscrições serão feitas apenas em Curitiba, na Secretaria Geral do SBSR.




Mais informações e a programação completa estão no site do evento: www.dsr.inpe.br/sbsr2011



Fonte: www.mct.gov.br