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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Especialistas discutem compartilhamento de dados de observação da Terra!

Reunião do Grupo de Observação da Terra (GEO, na sigla em inglês) traz a Campos do Jordão, de 28 de fevereiro a 3 de março, mais de 50 especialistas de vários países que se dedicam ao aperfeiçoamento de um sistema para distribuição global de dados ambientais. O Brasil, através do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), integra o Comitê Executivo do GEO, organismo intergovernamental que reúne 85 países, a Comissão Europeia e mais 61 organizações do mundo todo.

Participam representantes do Itamaraty, da Agência Espacial Europeia (ESA), da Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina (CONAE), entre outras organizações. Entre os países participantes, destacam-se Brasil, Estados Unidos, Espanha, França, China, Japão, Áustria, Holanda, África do Sul e Alemanha.


O Inpe atualmente exerce a copresidência de dois dos quatro comitês do GEO – um para arquitetura de sistemas de informações (Architecture and Data Committee - ADC) e outro para a capacitação no uso dos dados de observação de Terra (Capacity Building Commiteee – CBC). Os outros dois comitês do GEO são nas áreas de ciência e tecnologia (STC) e de interface com os usuários (UIC).


“Os comitês se reúnem de duas a três vezes por ano, em diferentes países. Desta vez teremos uma reunião conjunta dos comitês ADC e CBC para avaliação das atividades do triênio 2009-2011 e início da elaboração do plano de trabalho para o período 2012-2014”, informa Hilcéa Ferreira, da Assessoria de Cooperação Internacional do INPE e copresidente do CBC do GEO.


Uma das principais iniciativas do GEO é o desenvolvimento do Global Earth Observation System of Systems (GEOSS), um “sistema de sistemas” para ampliar a capacidade de monitoramento ambiental do planeta ao mesmo tempo em que facilita o acesso aos dados. O objetivo é conectar os produtores de dados ambientais aos usuários finais desses produtos, otimizando seu uso por meio de uma infraestrutura pública global e de acesso gratuito às informações.


Integradas, as informações dos diversos sistemas de monitoramento de tendências globais devem servir ao acompanhamento de níveis de carbono, mudanças climáticas, perda de biodiversidade, desmatamento, recursos hídricos, temperaturas do oceano e outros indicadores.


“O GEO atua no compartilhamento de dados para o desenvolvimento sustentável e no treinamento e infraestrutura para o melhor uso das informações disponíveis para monitoramento do planeta. E o Brasil tem muito a contribuir nestas áreas, pois estabeleceu uma política aberta e gratuita para todos os dados dos seus satélites de observação da Terra”, explica Hilcéa Ferreira. Ela lembra que o INPE, além de disponibilizar dados, atua na construção da capacidade para recebê-los, interpretá-los, utilizá-los e levá-los com facilidade ao usuário final.


Mais informações podem ser obtidas no site do evento: http://www.dpi.inpe.br/ADC&CBC_Meeting/


Sobre o GEO: http://www.earthobservations.org/



Fonte: http://www.mct.gov.br/

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Escola goiana usa língua de sinais para estimular alunos!

Mesmo sem ter alunos surdos matriculados, a Escola Estadual Itagiba Laureano Dornelles, de Aparecida de Goiânia (GO), desenvolve processo de ensino da língua brasileira de sinais (libras) que resulta em melhor rendimento no processo de ensino-aprendizagem. O projeto Língua em Libras: um Novo Jeito de Aprender a Ler e Escrever foi posto em prática em 2008, com alunos do ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos (EJA).

A responsável pelo projeto é a professora Sandra de Miranda Nunes, pedagoga licenciada em filosofia. Na época, ela lecionava no quarto ano do ensino fundamental. Como estava concluindo curso de libras, aproveitava os intervalos das aulas para treinar. Acabou por despertar a curiosidade de alguns alunos, que mostraram interesse em aprender uma nova forma de comunicação.

“Os resultados foram os melhores possíveis”, diz a atual diretora da escola, Suely Gonçalves Santos. Ela ajudou Sandra a estender as aulas de libras a todas as turmas e turnos da instituição. “Notamos que alguns estudantes com outras deficiências tiveram mais facilidade de aprendizagem por meio da libras”, salienta. Segundo a diretora, alunos com deficiência mental obtiveram melhoria na sala de aula depois de aprender a língua de sinais. “Resolvemos ampliar o projeto para toda a escola”, explica Suely, formada em história, com especialização em educação especial.

De acordo com Sandra, os resultados obtidos foram excelentes, tanto com as turmas em geral quanto especificamente com alunos que apresentavam déficit de atenção ou eram portadores de síndrome de Down e vinham de resultados pouco satisfatórios na aprendizagem. A professora destaca, ainda, a repercussão do projeto nas famílias. Alguns pais relatavam mudanças favoráveis de comportamento dos filhos com relação à motivação e avanços na aprendizagem.

Sandra trabalha como professora-regente de berçário no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva e mantém o blog Arte que Ensina. Também ministra aulas de artes na Escola Interação. “No planejamento anual está incluída a libras”, salienta.

Fátima Schenini

Fonte: http://portal.mec.gov.br

Evento discutirá convergência entre biologia e robótica em São Paulo!

23/02/2011 - 17:00

A crescente necessidade de diálogo entre as especialidades que envolvem automação e biologia sintética estão formando uma nova e promissora área de atuação para pesquisadores que trabalham com ciências moleculares, ciências da computação, bioinformática e ciências da saúde, entre outros campos do conhecimento.

Divulgar essa nova área interdisciplinar é o principal objetivo do Simpósio sobre Biologia Sintética e Robótica, que será realizado amanhã (24) em São Paulo. O evento, organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Consulado Britânico em São Paulo, integra a Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência e Inovação.

Conexão entre biologia sintética e robótica

De acordo com a coordenadora do evento, Marie-Anne Van Sluys, professora do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP), a conexão entre biologia sintética e robótica terá importância crucial no futuro. Tendência que deverá exigir qualificações especiais para os biólogos.

"Precisamos gerar um novo perfil de profissional da área de biologia que seja capaz de transitar com desenvoltura pela área de computação, aplicando a robótica tanto no que se refere à idealização de experimentos como na exploração de bancos de dados com imensos volumes de informação", diz a pesquisadora.

O simpósio, segundo Marie-Anne, contará com apresentações de três cientistas britânicos e três brasileiros, cujas pesquisas são exemplos bem-sucedidos de aplicação da automação às diversas áreas das ciências biológicas e moleculares.

Participarão Steve Oliver, da Universidade Cambridge, Ross King, da Universidade Aberystwyth, e Elizabeth Bilsland, da Universidade Cambridge (Reino Unido), Otávio Thiemann, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, Alexander Henning Ulrich, do Instituto de Química (IQ) da USP, e Mario Murakami, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).

Biólogo do futuro

Segundo Marie-Anne, o simpósio tratará de um novo olhar sobre a biologia. "Esse novo olhar demanda uma formação que, desde muito cedo, seja capaz de transitar em diferentes áreas de especialização. A atuação dos biólogos 'clássicos' sempre será fundamental para gerar conhecimento. Mas precisamos também identificar novos profissionais capazes de transitar em áreas como computação, química e bioquímica, física e biologia", disse.

O evento pretende aproximar essa nova realidade da comunidade científica, estimulando a reflexão sobre as possibilidades de aplicação desse conhecimento interdisciplinar.

"Essa perspectiva será certamente útil, por exemplo, para o Programa Biota, na síntese de moléculas ativas, para o Bioen, em um contexto industrial, ou mesmo para o Programa Fapesp de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, na interpretação de adaptação ao ambiente", disse.

O processo de automação dos experimentos em biologia, segundo a cientista, é fundamental para que seja possível identificar e realizar a síntese de novas moléculas a partir da informação proveniente de pesquisas que gerem dados em grande quantidade, como os projetos Genoma, por exemplo.

"Esses projetos também exigem uma experimentação em escala muito grande, que não pode ser feita manualmente. Portanto, é preciso desenvolver a automação tanto do lado da seleção das moléculas como do lado da triagem posterior", explicou.

Há pesquisadores no Brasil criando novos modelos biológicos e novas moléculas para testá-las em doenças, controle de parasitas no campo ou desenvolvimento de novas drogas, por exemplo. A automação que esses estudos demandam consiste em desenvolver robôs capazes de executar os experimentos. Para isso, é preciso ainda identificar que tipo de conhecimento biológico prévio a máquina precisará.

"De um lado, é preciso gerar a molécula e de outro lado temos que identificar o receptor que acreditamos será afetado pela droga. Precisamos de automação para as duas tarefas, porque às vezes uma pequena mudança na molécula é suficiente para definir a interação. E temos que verificar qual é a melhor interação", afirmou Marie-Anne.

Tradicionalmente, os cientistas sintetizavam uma molécula e mudavam pontualmente seus aminoácidos para observar as alterações. "Hoje, podemos automatizar esse processo, sintetizando milhares de moléculas e testando milhares de variações no receptor de membrana", afirmou.

Fonte: www.mct.gov.br

Brasil apresenta experiência no combate à desertificação!

Como parte da programação da 9ª Sessão do Comitê para Revisão da Implementação da Convenção de Combate à Desertificação (CRIC9), na cidade de Bonn, Alemanha, o Brasil apresenta nesta quarta-feira, 23/02, às 18h, sua experiência e os resultados da implementação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, o PAN-Brasil. A atividade Combatendo à Desertificação pela Gestão de Cooperação e Mainstreaming - Lições Aprendidas do Brasil para a UNCCD acontece na sala Nelson Mandela, BMZ.

O objetivo é demonstrar a importância de uma ampla articulação entre governo, cooperação internacional e sociedade civil para a elaboração e execução de ações voltadas para o combate à desertificação, adaptação e mitigação dos efeitos das secas. Nesse contexto, questões como a formatação de parcerias e mobilização de recursos financeiros para o manejo sustentável da terra serão abordadas sob diferentes perspectivas.

Devido ao tamanho do País e a sua estrutura federal, a implementação do PAN-Brasil, lançado em 2004, envolve o trabalho articulado do governo federal, por meio dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Social (MDS), da Integração (MI), e de Minas e Energia (MME), e foi planejada desde o início em cooperação estreita com os estados afetados pela desertificação e sociedade civil. A cooperação alemã para o desenvolvimento também acompanhou este processo desde o início, e após a elaboração do plano, focou na sua implementação nos estados.

"Queremos combater à desertificação a partir de ações produtivas que promovam o desenvolvimento local com inclusão social e sustentabilidade ambiental, cada uma dessas instituições tem o seu papel imprescindível nesse processo", disse o ponto focal nacional de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello.

Iniciativas como essas projetaram o País a uma posição protagônica no cenário internacional. "O Brasil tem boas práticas no combate à desertificação. Isso chama a atenção da comunidade internacional, que se interessa pela transferência de conhecimento nessa área", afirmou Campello.

A preocupação do País com o tema no contexto nacional e especialmente em âmbito internacional é tamanha que o MMA tomou a decisão de criar uma diretoria específica para o combate à desertificação e a recuperação de áreas degradadas. O departamento tem como missão promover a articulação para implementação do PAN - Brasil e dos Programas Estaduais, e estreitar as ações com os principais parceiros do Brasil, em âmbito internacional: países de língua portuguesa, países árabes, países membros da UNCCD, América Latina, e Portugal. "A ideia é que o Brasil tenha uma participação mais efetiva no cenário internacional", completou.

Participam da atividade, Francisco Barreto Campello, ponto focal nacional, Liduina Carvalho Costa, ponto focal estadual, Paulo Pedro de Carvalho, representando a sociedade civil e Fernando Vargas, representando os parlamentares.

Fonte: www.meioambiente.gov.br

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lei de Comunicações: influência da bancada de radiodifusão divide opiniões!

Consultor legislativo acredita que parlamentares concessionários de rádios e TVs podem dificultar mudanças na lei. Deputados discordam e acreditam que a propriedade de emissora não inviabiliza capacidade de análise do tema.

Parlamentares afirmam que não haverá prejuízo na análise do projeto da Nova Lei Geral de Comunicações em razão da presença de acionistas ou proprietários de emissoras de rádio e TV no Congresso. Um dos pontos previstos no projeto, que está em fase de elaboração pelo governo, é a proibição expressa de parlamentares serem concessionários de rádio e TV.

Eles discordam de avaliações que apontam eventual parcialidade no debate da proposta em razão da relações diretas e indiretas de parlamentares com emissoras. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta uma bancada informal de 60 parlamentares proprietários, acionistas ou ligados a emissoras de rádio e TV. Segundo o Diap, contando proprietários diretos e indiretos (parentes de concessionários, por exemplo), o número sobe para mais de 100. Alguns deputados com participação acionária em veículos de rádio e TV não se reconhecem, no entanto, como integrantes da bancada de radiodifusão.

O consultor legislativo da área de comunicações Cristiano Aguiar Lopes acredita que essa bancada pode dificultar a aprovação das mudanças previstas na proposta do governo. Ele prevê um fortalecimento desse grupo, especialmente na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, já que muitos deputados que atuavam na área, considerados independentes, não foram reeleitos. O professor Murilo Ramos, da Universidade de Brasília, especialista em políticas de comunicação, afirma que a influência forte dos parlamentares radiodifusores na Câmara já é um fato histórico.

Isenção
O deputado Arolde de Oliveira (DEM-RJ), que é dono de uma emissora de rádio e era integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia e Comunicação e Informática na legislaturaEspaço de tempo durante o qual os legisladores exercem seu poder. No Brasil, a duração da legislatura é de quatro anos. anterior, afirma que o fato de um parlamentar deter participação acionária em rádios e TVs não atrapalha a análise isenta de uma nova lei para o setor. O deputado acredita que a proibição expressa de parlamentares deterem emissoras de rádio e TV, prevista no anteprojetoEsboço de um texto ainda não apresentado formalmente como proposta à Casa. , tem que ser discutida com clareza, de forma "não pueril". "Por que não pode ter? O político tem mandato temporário, ele entra e sai. E ele pode não ter a propriedade da emissora, mas ela pode estar em mãos de uma pessoa de sua confiança", destaca. "Se o político que tem rádio tem facilidade para se eleger, o político que tem dinheiro também tem. Essa é uma discussão ideológica".

Oliveira é contrário a um novo marco regulatório amplo para o setor e defende ajustes pontuais na legislação de rádio e TV, para adaptá-la às inovações tecnológicas e para regular, por exemplo, questões de propriedade cruzada dos meios de comunicações. "Não temos que reinventar a roda, temos que corrigir problemas, sem mexer nas conquistas". Ele ressalta ainda que é contrário a qualquer tipo de controle de conteúdo dos meios de comunicação.

Concentração de propriedade
O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que pretende integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, diz que o fato de parlamentares serem acionistas ou proprietários de emissoras de rádio pequenas, por exemplo, não inviabiliza a análise de mudanças nas leis do setor. "Há parlamentares proprietários de grandes redes de comunicação, mas eles são minoria". Para ele, não é necessário proibir os parlamentares de serem proprietários de emissoras, mas deve ser evitada a concentração. "A acumulação de emissoras, o excesso de poder - isso, do ponto de vista democrático, não é bom". O deputado afirma que já foi dono de uma pequena rádio, mas não é mais.

Azeredo acredita que algumas mudanças na legislação do setor são necessárias para adaptá-la à evolução tecnológica. Na sua visão, a Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97), por exemplo, deve ser alterada para permitir que as concessionárias de telefonia ofereçam diretamente o serviço de internet de banda larga. Já a Lei do Cabo (Lei 8.977/95), em sua opinião, precisa de alteração para permitir que as operadoras de telefonia ofereçam o serviço de TV a cabo. "Hoje o consumidor paga caro pelos dois serviços", ressaltou. No caso dos serviços de radiodifusão, ele defende a democratização da propriedade de rádios e TVs.

Já o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), afirma que um novo marco regulatório das mídias, que regulamente o capítulo da Constituição referente à comunicação, democratize o setor e impeça a monopolização, é um dos pontos centrais da agenda do Congresso. "Há uma chiadeira dos proprietários dos conglomerados de comunicação, mas a matéria não pode ser mais adiada", diz. "A bancada de radiodifusão é cerca de 1/5 do Congresso, mas restam 4/5, e não quer dizer que este 1/5 seja todo contrário a mudanças, se elas forem boas para o País".

Reportagem - Lara Haje
Edição - Paulo Cesar Santos

Programa pode atender milhões de alunos em tempo integral !

Já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, proposta de Cristovam Buarque está em exame na Comissão de Educação do Senado

Pelo menos 3 milhões de novos alunos poderão ser matriculados anualmente em escolas de horário integral, cujos professores, selecionados por meio de concurso público nacional, terão bons salários e dedicação exclusiva. Esse é o objetivo do projeto de lei do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) em tramitação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

A proposta, que já tem parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e aguarda a indicação de novo relator na CE, estabelece o Programa Federal de Educação Integral de Qualidade para Todos, a ser implantado em escolas estaduais, municipais e do Distrito Federal (DF). O projeto autoriza ainda o Executivo a criar a Carreira Nacional do Magistério da Educação de Base. O programa, de acordo com a proposta, será implantado por cidades, sob supervisão do Ministério da Educação e com a colaboração dos governos locais — do DF, estado ou município onde se localize a escola. Deverá ainda incluir ao menos 3 milhões de alunos por ano, concentrados nas cidades escolhidas para abrigar o programa.

Essas cidades oferecerão horário integral em todo o seu sistema escolar e os meios para a modernização dos equipamentos pedagógicos e das edificações. As escolas das cidades participantes serão administradas de forma descentralizada, sob a coordenação de prefeitos ou governadores.

O ingresso na carreira nacional ocorrerá por meio de concurso público nacional e o plano de cargos e salários da carreira será o mesmo adotado pelo Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro. Com isso, o salário médio do magistério subiria dos atuais R$ 1,3 mil para R$ 4 mil, ressalta Cristovam na justificação do projeto.

Fonte: www.cristovam.org.br

Brasil e Dinamarca ampliam acordo de cooperação em C&T !

Os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e da Educação, Fernando Haddad, assinaram nesta quinta-feira (17) com a ministra de Ciência e Tecnologia e Inovação da Dinamarca, Charlotte Sahl-Madsen, um Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Educação Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação. Entre as áreas de interesse estão: energia renovável, meio ambiente, ciências agrícolas e políticas públicas de inovação.

O ministro Aloizio Mercadante reiterou que as experiências de cada país devem ser compartilhadas. “A Dinamarca é um país que investe 3% do PIB em C&T, sendo 2% provenientes do setor privado. Temos interesse em que as nossas empresas participem cada vez mais dessas pesquisas. Esse conhecimento deles pode nos ajudar”, avaliou.

Em maio, haverá um workshop na Dinamarca sobre técnicas aplicadas no setor alimentar. A ministra Charlotte Sahl-Madsen declarou estar ansiosa para iniciar os trabalhos de cooperação. “Queremos estabelecer uma ponte de conhecimento e experiências. Tenho certeza que podemos nos ajudar muito. As ambições brasileiras são ótimas e servirão para impulsionar a economia do País”, declarou.

Na área educacional, Charlotte Sahl-Madsen destacou que os objetivos de Brasil e Dinamarca são iguais. “Sempre queremos melhorar a educação dos nossos professores assim como vocês. O intercâmbio de profissionais é uma ótima oportunidade. O Brasil está de parabéns pelos avanços conseguidos no setor educacional durante a última década”, finalizou.

Fonte: www.mct.gov.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Votação do salário mínimo será nesta quarta-feira!

Governo defende o reajuste para R$ 545. Oposição está entre R$ 560 e R$ 600.


O governo da presidente Dilma Rousseff terá nesta quarta-feira seu primeiro grande teste político na Câmara com a votação do salário mínimo, marcada para as 13 horas. A aproximação da votação intensificou as conversas entre os partidos, o governo e as centrais sindicais durante o dia de hoje. Para garantir a aprovação do seu projeto (PL 382/11), que prevê reajuste dos atuais R$ 540 para R$ 545, o governo mandou técnicos para conversar com os deputados, inclusive da oposição. Na noite desta terça-feira, o Plenário aprovou o regime de urgênciaRegime de tramitação que permite incluir proposta na Ordem do Dia para discussão e votação imediata. Esse regime precisa ser proposto pela maioria absoluta dos deputados (257) ou por líderes que representem esse número. O pedido de urgência urgentíssima precisa ainda ser aprovado por 257 deputados. Esse regime dispensa parecer aprovado em comissão – o parecer pode ser dado oralmente pelo relator, no plenário. para a matéria.

RENDIMENTO REFERENCIADO AO SALÁRIO MÍNIMO

47 milhões de pessoas têm o salário atrelado ao mínimo. Elas estão divididas nas seguintes categorias (em milhão):

Beneficiários do INSS19,177
Empregados13,820
Trabalhadores autônomos8,718
Trabalhadores domésticos5,083
Empregadores203
Total47,001
Fonte: Dieese

Na primeira reunião do dia, a base aliada tentou afinar o discurso em torno da proposta do Executivo. De acordo com o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), os partidos aliados comprometeram-se a apoiar o projeto governista. A única exceção foi o PDT, que defendeu o aumento para R$ 560. Vaccarezza admite que poderá haver dissidência em outras legendas da base, mas afirma que ela não será numericamente importante. “Estamos em uma situação confortável. Não trabalhamos com o salário mínimo acima de R$ 545”, disse o deputado.

Ele adiantou que o governo se comprometeu a enviar uma medida provisória ao Congresso, logo após a sanção da lei do salário mínimo, reajustando a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 4,5%.

Dissidência
Tanto Vaccarezza como o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disseram que não haverá punição para os dissidentes - como corte nas emendas individuais ao orçamento. Alves afirmou que a proposta do governo mantém a coerência da política de valorização do mínimo, adotada desde 2007, que prevê reajuste com base na inflação do ano anterior, medida pelo INPCMede a variação de preços da cesta de consumo das famílias de baixa renda, com salário de um a seis mínimos, entre os dias 1º e 30 do mês de referência. Abrange nove regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Porto Alegre e Curitiba), além do município de Goiânia e de Brasília. O índice é calculado pelo IBGE desde 1979 e é muito utilizado como parâmetro para reajustar salários em negociações trabalhistas., somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB.) de dois anos antes.

“Esse é o teto [R$ 545]. Ele é coerente e é com ele que vamos ao plenário amanhã”, afirmou. O deputado destacou que a mesma política deverá elevar o salário para R$ 616 em 2012, uma vez que o PIB de 2010 teve um crescimento expressivo – o governo estima em 7,6%; o valor exato será divulgado em março pelo IBGE. PT e PMDB têm juntos 162 deputados. “Ser da base significa ter bônus e ônus. Dessa vez teremos ônus, mas é importante para o País aprovarmos os R$ 545”, emendou o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG).

No PDT, a opinião também é de que não haverá punição para quem votar de forma diferente da do governo. O líder do partido, deputado Giovanni Queiroz (PA), disse que a posição pelos R$ 560 faz parte da história de luta da legenda, que sempre defendeu reajustes reais para o mínimo. “Isso não é dissidência. É coerência. O governo não vai partir para nenhuma retaliação”, disse Queiroz, que comanda uma base com 26 deputados.

Reajuste possível

COMO FICA O REAJUSTE REAL DO SALÁRIO MÍNIMO*
Valor
Aumento real
R$ 5450,37%
R$ 5603,1%
R$ 60010,5%
* De acordo com o INPC de 2010 (6,47%)

Os partidos de oposição (DEM, PPS e PSDB) vão apoiar um reajuste maior para o mínimo. O PSDB propõe R$ 600, o mesmo valor que usou durante a campanha do presidenciável José Serra, no ano passado. O PPS vai seguir o mesmo valor. Já o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), propôs R$ 560.

Para Nogueira, o reajuste defendido pelo partido é tecnicamente viável, pois a receita previdenciária está subestimada e há espaço para cortes de despesas no orçamento, com enxugamento de 10% nas despesas discricionárias. Ele disse que a proposta do governo significa a interrupção de uma série de 16 anos de reajustes reais para o mínimo, iniciado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

“Os dados mostram que há viabilidade para o reajuste de R$ 600. Mas o governo está colocando a sua tropa de choque para impedir qualquer vazamento”, disse Nogueira, que pela manhã liderou a bancada em reunião com centrais sindicais, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa. Para o deputado, ainda que a base aliada tenha uma maioria expressiva na Câmara, há espaço para convencer os parlamentares governistas a votar contra o projeto do Executivo. “Eu diria que o governo tem de quatro para um, ou seja, 400 deputados para 100 da oposição. Mas o salário é uma questão muita cara para a sociedade e há um apelo que foge da polaridade entre governo e oposição”, acredita.

Roteiro de votação
A votação de amanhã deverá ser longa e vai respeitar um roteiro traçado pelos líderes partidários e o presidente da Câmara, Marco Maia. Primeiro falará o relator da proposta, deputado Vicentinho (PT-SP), que deverá apresentar seu parecer. Ele já sinalizou que poderá apoiar os R$ 545. Em seguida, começará a discussão, com 40 oradores, 20 de cada lado (a favor e contra o projeto do governo). Depois, começará a fase de encaminhamento da votação, com dois oradores de cada lado, seguida da apresentação, pelo relator, do parecer sobre as emendas apresentadas. A votação deverá ser nominal.




Reportagem - Janary Júnior
Edição - Patricia Roedel


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Câmara analisa proposta do novo Código de Processo Civil!

O texto, elaborado por uma comissão de juristas e já aprovado pelo Senado, tem o objetivo de agilizar a prestação judicial. A expectativa é que o tempo de tramitação das ações civis diminua entre 30 e 70%, dependendo do caso.

O Projeto de Lei 8046/10, que institui o novo Código de Processo Civil (CPC), já está na Câmara dos Deputados. O texto, elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux e aprovado no final do ano passado pelo Senado, busca agilizar a tramitação das ações civis. Nesse sentido, a proposta cria um mecanismo chamado “incidente de resolução de ações repetitivas”, que permitirá a aplicação da mesma sentença a todas as causas que tratem de questão jurídica idêntica. Pela legislação atual, cada ação é analisada de maneira autônoma, o que aumenta o trabalho do juiz com casos iguais e multiplica decisões diferentes sobre o mesmo direito.

Se aprovado, o novo código vai permitir, por exemplo, que todas as ações que questionem o pagamento da assinatura básica de telefonia sejam analisadas em conjunto. Nesse caso, uma das partes ou um juiz poderá pedir que os desembargadores do estado julguem uma ação como piloto e apliquem a decisão a todas as ações semelhantes daquele estado, que ficam paralisadas enquanto não for resolvida a ação-piloto. Já se o incidente for resolvido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a decisão será aplicável em todo o território nacional.

Juízes
Ao mesmo tempo em que fortalece a primeira instância, permitindo que o juiz possa executar a sentença antes da apelação para outras instâncias, o projeto também obriga que esses magistrados acatem as decisões dos tribunais superiores.

Atualmente, cada juiz tem independência na hora de emitir a sentença, sendo obrigado apenas a seguir determinação de súmulas vinculantesMecanismo que impede juízes de instâncias inferiores de decidir de maneira diferente do Supremo Tribunal Federal nas questões nas quais este já tenha firmado entendimento definitivo – expresso por meio de súmula. do STF. O novo código quer unificar a jurisprudência e exigir que ela seja aplicada já na primeira instância, para impedir apelações desnecessárias.

A proposta determina, por exemplo, que o juiz deve considerar improcedente as petições que contrariem o entendimento firmado nos incidentes de resolução de demandas repetitivas e nas súmulas ou acórdãos do STF e do STJ. Nesse caso, o juiz vai indeferir o pedido da parte logo no momento da proposição da ação, prescindindo de um julgamento de primeira instância, o que não está previsto no código em vigor (Lei 5.869/73).

Recursos
Os recursos também passarão a ser limitados. O novo CPC acaba, por exemplo, com a figura dos embargos infringentes, apelação cabível em decisões não unânimes de colegiados. O projeto também determina que todos os recursos, em regra, não impedem a execução da sentença. Na lei atual, essa determinação é aplicada apenas aos recursos extraordinários e especiais.

Além disso, o tipo mais comum de recurso, chamado agravo de instrumentoRecurso contra atos processuais praticados por um juiz, que decide questão incidental, sem dar uma solução final ao caso. O agravo deve ser ajuizado em instância superior (um tribunal), fora dos autos da causa. Esse agravo pode ser impetrado, entre outras razões, quando existir risco de a decisão causar lesão grave e de difícil reparação à parte., fica limitado às decisões interlocutórias relevantes para o processo, como, por exemplo, casos que possam causar danos irreparáveis ao direito das partes ou para coibir abusos. Conforme o texto, quem apresentar recursos inadmissíveis sobre decisões do relator pode ser multado.

A proposta do novo CPP tem 1.007 artigos, 213 a menos do que a norma em vigor.

Tramitação
O projeto será analisado por uma comissão especialComissão temporária criada para examinar e dar parecer sobre projetos que envolvam matéria de competência de mais de três comissões de mérito. Em vez de tramitar pelas comissões temáticas, o projeto é analisado apenas pela comissão especial. Se aprovado nessa comissão, segue para o Senado, para o Plenário ou para sanção presidencial, dependendo da tramitação do projeto., a ser criada exclusivamente para esse fim, antes de ser votado pelo Plenário.


Íntegra da proposta:

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Marcelo Oliveira

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo será encerrada nesta quinta

A Frente Parlamentar Mista e a Frente Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo realizam reunião conjunta nesta quinta-feira (3) como solenidade de encerramento da Segunda Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Desde a última quinta-feira (27), quando a semana foi aberta, houve audiências públicas em várias cidades para tratar do tema.

O vice-presidente da frente parlamentar, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), explicou que a Semana teve o objetivo de conscientizar os brasileiros de que o trabalho escravo ainda existe no Brasil.

- O principal papel da Semana de Combate ao Trabalho Escravo é o de despertar a população e dizer que o problema existe e que não é possível continuar. Temos escravos ainda hoje, o que é uma tragédia nacional do ponto de vista ético - disse Cristovam.

Para erradicar o trabalho escravo no país, avaliou o senador, é necessário adotar medidas punitivas a empregadores que utilizam esse tipo de mão de obra. O senador defendeu a aprovação da PEC do Trabalho Escravo - como ficou conhecida a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 438/2001 -, que aguarda aprovação do Congresso Nacional. A proposta prevê a possibilidade do confisco da terra em que for comprovada a exploração de trabalho análogo ao de escravo. Na opinião de Cristovam, ela ainda não foi aprovada em razão do lobby feito pelos produtores rurais dos "modos antigos".

- Vamos continuar a luta com medidas que acabem com o problema, como a PEC do trabalho escravo. Não é possível existir fazendas onde há trabalho escravo. Não podemos deixar o escravocrata dos tempos de hoje ser dono da terra - destacou o senador, ao afirmar que as comissões vão continuar atuando até resolver o problema.

A proposta já foi aprovada no Senado (como PEC 57/99) e encaminhada à Câmara dos Deputados no final de 2001. Naquela Casa, a proposição foi aprovada em primeiro turno em 2004 e ainda não foi examinada em segundo turno. A proposta recebeu apoio em forma de abaixo-assinado com mais de 168 mil adesões e, durante as atividades da Semana, novas assinaturas foram colhidas.

Evento

A PEC do Trabalho Escravo será abordada pelo subprocurador do Trabalho Luís Antônio Camargo na palestra PEC do Trabalho Escravo e o Congresso Nacional. Um panorama do trabalho escravo no Brasil será apresentado pelo representante da organização não-governamental Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto.

Já o representante da OIT, Luiz Machado, fará um balanço do combate do trabalho escravo no país. A ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, que preside a Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), foi convidada para o evento.

A reunião está marcada para as 9h30, na sala 2 da ala Nilo Coelho, do Senado Federal.

Iara Farias Borges / Agência Senado

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conheça a nova composição da Câmara dos Deputados

Nova Câmara, que terá 46% de renovação, toma posse na terça-feira pela manhã. 12% dos deputados são estreantes na política. Grande parte dos parlamentares são profissionais das áreas do Direito, Saúde e Educação. Confira os dados globais e por estado.



Veja abaixo as estatísticas e os eleitos por bancada estadual:



Reportagem - Janary Júnior
Edição – Daniella Cronemberger

Fonte: www2.camara.gov.br