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quarta-feira, 27 de abril de 2011
Felipe Neto e campanha Preço Justo!
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Ministro defende ajustes para garantir crescimento sustentável!
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, nesta terça-feira (26), que o governo deve usar todas as armas possíveis para combater a inflação no Brasil. “Não devemos poupar armas, sejam elas monetárias ou fiscais”, disse, durante a 37ª reunião ordinária do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.
Para Mantega, o controle da inflação é um ajuste importante num momento em que o mundo vive o que chamou de “surto inflacionário”. Ele deu exemplos de vários países com forte alta na inflação nos últimos 12 meses, como a China. Em março de 2011, a inflação chinesa registrou alta de 5,4%, contra 2,4% no mesmo mês em 2010.
“No Reino Unido, a inflação está subindo forte e na Rússia, também. Os Estados Unidos ainda não captaram a inflação do petróleo, mas a inflação já está subindo para mais de 4%", esclareceu.
Nesse contexto, destacou que o crescimento da inflação no Brasil é menor que em outros países. A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA, somou 6,3% em 12 meses até março, contra 5,2% no mesmo período de 2010. “Em matéria de inflação, o Brasil não está mal na foto mundial, de modo que conseguimos conter a inflação mais do que outros países”, declarou o ministro.
Durante o evento, que reuniu governo, setor privado, sindicatos e sociedade civil, Mantega apresentou uma análise das perspectivas para a economia brasileira em 2011, tendo como cenário comparativo a situação mundial.
“O Brasil superou a crise [de 2008] e agora temos que fazer ajustes para garantir a continuidade do crescimento sustentável nos próximos anos e para enfrentar os problemas nacionais e internacionais que se apresentam em 2011”, declarou Mantega.
A alta no preço das commodities (produtos com grande participação e cotação no mercado internacional) está entre esses problemas. O ministro apresentou dados que apontam aumento de 37,8% nos preços de todas commodities nos últimos 12 meses. As commodities alimentares foram as que apresentaram maior alta (43,2%) no mesmo período.
O choque de oferta desses produtos foi a razão principal dessa alta, aliada à crise no Oriente Médio e Norte da África, à especulação financeira e às políticas monetárias expansionistas de nações avançadas, como os Estados Unidos e países da Europa.
A preocupação está concentrada principalmente no petróleo, cujos preços atuais só se comparam aos da década de 70. O ministro não descartou, portanto, a possibilidade de crise no mercado do combustível.
“O petróleo é uma commodity importante, que influi nos preços da economia mundial e que tem a possibilidade de criar uma crise de energia com consequências para todos os países”, alertou.
Crescimento - Durante sua apresentação o ministro fez um relato sobre as ações de governo nos três primeiros meses, necessárias para manter o crescimento sustentável próximo de 5%.
A primeira delas é a consolidação fiscal, tendo como primeiro passo a reversão total dos estímulos concedidos nos dois últimos anos, como a redução de subsídios, a volta dos impostos que foram reduzidos na época da crise com a intenção de estimular o consumo.
Ele citou também o corte de R$ 50 bilhões nos gastos públicos para diminuir a demanda no setor, reconstituir a situação fiscal observada antes da crise e permitir a expansão do investimento, abrindo caminho para a redução do juro básico da economia.
O ministro salientou, no entanto, que esse processo não ocorrerá neste momento de alta na inflação. “Quando as condições forem adequadas e esse gasto se consolidar, teremos criado as condições para uma nova relação entre o fiscal e o monetário”, avaliou o ministro, indicando que, assim, o Banco Central poderá operar com juros mais baixos.
Superávit - A repercussão desse corte nas despesas já pode ser vista no resultado primário do Governo Central de março, divulgado hoje pela Secretaria do Tesouro Nacional.
No mês passado, conforme anunciou Mantega, o superávit foi de R$ 9,1 bilhões, contra um déficit de R$ 4,5 bilhões no terceiro mês do ano passado. A meta fiscal do governo também teve resultado expressivo no trimestre, com R$ 25,9 bilhões ante a meta de R$ 22,9 bilhões para o primeiro quadrimestre deste ano.
“Estamos cumprindo à risca esse corte de despesas estabelecido no começo do ano. Estamos cumprindo com folga as metas primárias”, comemorou o ministro.
Na composição de gastos do governo, a receita líquida teve um bom crescimento, na opinião do ministro, com alta de 17,7% nominal na comparação entre os primeiros trimestres de 2011 e 2010. As despesas tiveram queda de janeiro a março, de 19,3% (2010-2009) para 7,1% (2011-2010).
A receita líquida teve crescimento real 5,2% no acumulado do trimestre, acima do PIB nominal, contra –4,4% de variação nas despesas. “Isso mostra que estamos cumprindo a tese de que a despesa cresce menos do que o PIB. Essa é uma medida salutar”, concluiu Mantega, reforçando que o país é um dos que registram maior solidez fiscal no mundo.
Câmbio – Ao comentar sobre o atual cenário do mercado de câmbio, o ministro da Fazenda disse que há um "tsunami" de capital externo na economia brasileira.
De janeiro a março de 2011, o ingresso de dólares no país somou US$ 35,22 bilhões, ou 44,6% a mais que a entrada da moeda americana em todo ano passado (US$ 24,35 bilhões). Segundo ele, essa entrada de divisas tem resultado na baixa a cotação do dólar.
Mantega ressaltou que as medidas tomadas pelo governo, até o momento, foram importantes para conter a valorização do real. Sem elas, dólar já estaria abaixo de R$ 1,40, declarou o ministro.
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Divergências na base do governo podem adiar votação do Código Florestal!
Divergências na própria base do governo podem adiar a votação do novo Código Florestal (Projeto de Lei 1876/99 e outros). Tanto o relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), quanto o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), asseguram que há condições de chegar a um consenso até a terça-feira (3), quando o texto entrará na pauta do Plenário. O líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), no entanto, pede pelo menos uma semana a mais para estudar as alterações do substitutivo.
O presidente da Câmara, Marco Maia, acredita que somente com a incorporação das sugestões do governo ao relatório haverá reais possibilidades de votação. “Se eu fosse o relator, acataria as modificações que são consensuais; qualquer outra proposta vai encontrar dificuldades para ser votada”, afirmou.
Maia manteve o compromisso de incluir o projeto na pauta, mas ressaltou que a decisão de votar ou não será dos líderes partidários: “Vamos manter na pauta de votações no próximo dia 3 ou 4. Essa é uma decisão já tomada que vamos manter. Daqui até lá, nós teremos a câmara de negociação, que ainda está discutindo o código; teremos as negociações que ainda vão ocorrer entre os partidos políticos; teremos as negociações com o relator e também o empenho do governo para fazer valer a sua posição dentro da Casa".
O relator Aldo Rebelo comprometeu-se a entregar a nova versão do relatório até a próxima segunda-feira (2), mas não adiantou que propostas serão acatadas no substitutivo. Paulo Teixeira reclamou não ser possível receber o texto em um dia e votar no outro. “Trata-se de uma questão muito complexa que exige pactuação”, sustentou.
Moratória do desmatamento
A pedido do governo federal e de alguns governos estaduais, Aldo informou que vai retirar do texto a chamada moratória do desmatamento. O item proibia os produtores rurais de desmatar novas áreas por cinco anos a partir da publicação da lei.
Mesmo sem acordo
Vaccarezza garante que o projeto será votado na próxima semana, nos dias 3 e 4, mesmo sem acordo. “Ele vai a votação porque tem consenso na maioria absoluta da Câmara”, assegurou. Mesma opinião tem o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), “O texto do deputado Aldo Rebelo está se aproximando da perfeição de conseguir a maioria na Casa. Até a semana que vem, deveremos conseguir isso”, asseverou.
O PSDB também quer o início da votação na próxima semana. De acordo com o líder do partido, deputado Duarte Nogueira (SP), “é importante votar logo para ir ao Senado e seguir para sanção antes de junho”. Nesse mês, vai expirar o decreto presidencial que suspende as multas aplicadas a produtores rurais que utilizaram áreas que deveriam ser protegidas (decreto 7.029/09).
Propostas do governo
Na reunião de líderes da tarde desta terça-feira, o governo apresentou uma série de pontos que defende. Dentre eles, o Executivo quer a manutenção da reserva legal obrigatória para todos os imóveis rurais, e não apenas para aqueles com área superior a quatro módulos fiscais, como prevê o texto de Aldo Rebelo. Esse, aliás, representa um dos dois pontos em que ainda há divergências, conforme afirmaram os líderes.
O outro item que ainda não tem consenso é a medida das áreas de preservação permanente (APPs). O governo advoga a manutenção das extensões vigentes, enquanto Aldo propõe a redução de 30 metros para 15 metros nas margens de córregos e rios com até cinco metros de largura.
Veja outros pontos defendidos pelo governo.
- No caso de compensação de reserva legal, o governo admite que ela possa ser feita em qualquer parte do território nacional, desde que no mesmo bioma, como prevê o relatório. No entanto, condiciona a compensação a áreas prioritárias a serem definidas em regulamento por órgãos ambientais.
- O governo também concorda com a continuidade da utilização de APPs em margens de rios, como prevê o relatório, mas também condiciona essa possibilidade às atividades de interesse social, de utilidade pública e de baixo impacto.
- No caso de rios com até 10 metros de largura, o governo sugere que se admita a recuperação de apenas 15 metros das áreas consolidadas até julho de 2008, e não de 30 metros, como prevê a legislação vigente. O substitutivo em análise prevê a continuidade das atividades em todas as áreas consolidadas até que seja implantado o programa de regularização pelo governo federal.
- O governo aceita também o cômputo de APPs no cálculo da reserva legal. Para isso, entretanto, o imóvel deverá estar registrado no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que deverá substituir a averbação das áreas de preservação em cartório.
Íntegra da proposta:
Edição – Regina Céli Assumpção
Fonte: www2.camara.gov.br
Política ambiental brasileira está no rumo da economia verde!
Carine Corrêa
Em audiência pública realizada nesta terça-feira (26/4) no Senado Federal, em Brasília, para tratar de temas como a importância da Conferência Rio+20 e Desenvolvimento Sustentável, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, disse que a política ambiental do País está sendo consolidada por uma estratégia rumo à economia verde.
Gaetani falou que a construção deste "novo paradigma" depende de um federalismo corporativo, em que os diferentes níveis do governo devem estar integrados em estratégias convergentes e adequadas, que coloquem a questão ambiental como cerne dos planejamentos de desenvolvimento econômico.
"Estamos nos articulando para que a temática ambiental seja assumida não apenas como um problema ou desafio do MMA, mas de toda a sociedade e de todas as instâncias do governo. O País é hoje uma potência ambiental, com destaque em biodiversidade, potencial alternativo para geração de energia, produção de alimentos e reservas de águas naturais. Estas características nos atribuem novas responsabilidades rumo a uma economia verde, que prevê o desenvolvimento em moldes sustentáveis, de forma a garantir recursos naturais para as futuras gerações. A tendência de transformar as economias do mundo em economias verdes proporciona novas oportunidades, que beneficiam uma nação ambiental como a nossa", afirmou o secretário.
Ele ressaltou a importância de o Brasil ser o país anfitrião de três eventos de repercussão mundial - Copa do Mundo, Olimpíadas e Rio+20-, todos com implicações ambientais. Lembrou ainda o desafio brasileiro de integrar prioridades como crescimento, integração social, incorporação de diferentes camadas da sociedade ao consumo e acesso a serviços, desenvolvimento econômico e de infra-estrutura.
Já o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, um dos maiores especialistas em economia verde do mundo, disse que existe muita expectativa sobre o Brasil em relação à Rio+20. "Acreditamos que o Brasil pode aprimorar sua capacidade de liderar, negociar e inspirar o modelo de pensamento que deve estar presente nas negociações relativas ao desenvolvimento sustentável das nações, bem como as decisões que vão determinar as novas estratégias para o sistema climático".
Ele falou sobre a oportunidade de aproveitamento dos eventos esportivos mundiais e da conferência para promover transições internas na economia e em uma infra-estrutura verde no País. De acordo com Steiner, nos próximos 40 anos poderemos ter cerca de 9 bilhões de pessoas no planeta, e por isso as economias devem promover mais igualdade e garantir recursos naturais para as próximas gerações, pensando em questões como segurança alimentar, acesso à água e geração e eficiência energética.
"Nós estamos agora aptos para influenciar todo o sistema climático por meio de nossas governanças, escolhas e planejamentos para o futuro, e temos que criar e influenciar novos ciclos, econômicos e sociais, que não deteriorem ainda mais o clima do planeta", afirmou.
O diretor do Pnuma avaliou que, 20 anos após a organização da Rio-92, todo o mundo ainda tem entraves que foram provocados pelo domínio econômico e político, e que por isso os avanços ambientais não foram tão significativos. "A economia verde prevê eficiência e sustentabilidade nas iniciativas, e a legislação de cada nação pode contribuir muito para isso".
Já o senador Rodrigo Rollemberg, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor do Senado, disse que a Rio + 20 exige novos comportamentos dos países diante dos desafios climáticos. "Temos que ter a noção de que a sustentabildiade não é apenas o uso adequado dos recursos e o progresso, mas o equilíbrio harmônico entre pilares que vão permitir o desenvolvimento a longo prazo".
O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, ministro Luiz Alberto Figueiredo, ressaltou que a Rio+20 é uma conferência sobre desenvolvimento, e não apenas de caráter ambiental, que vai tratar de temas como economia verde no contexto da sustentabilidade, erradicação da pobreza e governança para um avanço econômico sustentável.
ASCOM
Fonte: www.meioambiente.gov.br
Comunidade científica entrega relatório sobre Código Florestal!
O documento reúne dados e argumentos técnico-científicos com análise das questões relativas às mudanças propostas no Código Florestal pelo substitutivo de Lei nº 1.876/99 em tramitação no Congresso Nacional. O estudo tem cerca de 130 páginas e teve como base consulta a 300 trabalhos científicos.
Participaram da reunião, a presidente da SBPC, Helena Nader, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, Carlos Nobre, o vice-presidente da ABC para a região Norte, Adalberto Val, o diretor da SBPC, José Antonio Aleixo, o representante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), Antonio Donato Nobre e o engenheiro agrônomo Elibio Rech, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O primeiro Código Florestal brasileiro foi instituído pelo Decreto no 23.793, de 23 de janeiro de 1934, revogado posteriormente pela Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, que instituiu o Código Florestal vigente. O grupo mostrou ao ministro a importância de reformular o código atual, mas tendo como suporte o conhecimento científico. Também foram apresentadas algumas tecnologias disponíveis no Brasil capazes de auxiliar no mapeamento de terrenos para avaliar diferentes graus de uso sustentável, como já acontece com a previsão do tempo.
A presidente da SBPC informou que o trabalho de coleta de dados vem sendo realizado desde 7 de julho do ano passado e apontou preocupações presentes no estudo referentes aos números da proposta do novo Código Florestal em discussão na Câmara, diante das diversidades existentes no território brasileiro.
Aloizio Mercadante sugeriu o retorno do grupo ao ministério para uma apresentação mais detalhada do estudo a técnicos e outros secretários da pasta. O secretário Carlos Nobre defendeu a participação da comunidade científica no debate. "A ciência está mais integrada e tem como contribuir para o aperfeiçoamento e para a modernização do Código Florestal", sustentou.
A publicação intitulada O Código Florestal e a Ciência – Contribuições para o diálogo foi apresentada a jornalistas ontem (25) em entrevista coletiva à imprensa, em Brasília. Exemplares também estão sendo entregues aos presidentes da Câmara e do Senado e aos ministros da Educação, da Agricultura, do Meio Ambiente, da Integração e da Casa Civil.
Acesse o material disponível no portal da SBPC
Fonte: www.mct.gov.br