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domingo, 31 de outubro de 2010

Brasil elege em 2º turno Dilma Rousseff para presidente

Conheça as propostas de Dilma para as áreas de saúde, segurança, emprego e educação e sua relação com projetos em tramitação no Congresso.


Dilma Rousseff será a próxima presidente da República. A candidata do PT foi eleita matematicamente em segundo turno neste domingo, com 95,43% dos votos apurados até o momento (com 93,25% das urnas apuradas), e será a primeira mulher a ocupar o cargo na história da política brasileira. O atual presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, foi eleito vice-presidente na chapa da petista.


Os dois assumem o cargo apenas em 1º de janeiro de 2011, mas as negociações sobre a composição do próximo governo começam agora. Nos próximos dias, Dilma e Temer devem definir, por exemplo, se vão nomear uma equipe para tratar da transição entre os dois governos, como fez Lula em 2002. Os integrantes da nova equipe ministerial também serão definidos até o final de dezembro.

Levantamento da Agência Câmara revela que as promessas da próxima presidente para melhorar a saúde, a segurança pública, a geração de empregos e a educação, que são os quatro principais temas que preocupam a população (segundo levantamento do Ibope em junho), já foram transformadas em projetos de lei que tramitam no Congresso.

Veja, nos links e no quadro abaixo, as principais propostas da nova presidente nos quatro temas e as propostas que já estão na Câmara.


Continua:


Mais dinheiro e remédios gratuitos são destaques na área de saúde


Combate às drogas e valorização da polícia são promessas de segurança pública


Para gerar empregos, Dilma quer manter o crescimento econômico


Dilma promete interiorização das universidades e mais creches


Notícia apresentada 31/10/2010 20:09

fonte: http://www2.camara.gov.br

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Curso para formar professor deve ser pago pelo governo, propõe Cristovam

Os jovens que desejarem cursar licenciatura ou pedagogia deveriam ser dispensados de vestibular e ter os seus estudos integralmente pagos pelo governo – é o que sugere o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), para quem tais medidas poderiam contribuir para reduzir a carência de professores, que, segundo ele, é de cerca de 400 mil só nas áreas de matemática, física, química e biologia.
Em entrevista à Agência Senado nesta segunda-feira (25), Cristovam Buarque disse que essas providências seriam mais efetivas do que os dois decretos editados recentemente pelo governo para facilitar o financiamento de curso superior. Para ele, esses decretos, que mudam as regras do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), são importantes e reduzem as dificuldades dos estudantes, mas não são suficientes para fazer frente às necessidades educacionais do Brasil.
Um dos decretos (7.338/2010) acaba com a necessidade de fiador para acesso ao Fies e o outro (Decreto 7.337/2010) amplia o prazo para que o estudante comece a pagar o financiamento.
- As medidas [contidas nos decretos presidenciais] são válidas, são importantes, têm meu apoio, mas eu queria mais. Queria que ninguém precisasse, nesse país, pedir empréstimo para ser estudante e se formar nas profissões de que o Brasil precisa. Cobrar de alguém que quer estudar para ser professor é como cobrar, durante uma guerra, para que o jovem pague para treinar para ser soldado – disse Cristovam.
Na opinião do senador, o estudante de licenciatura que não conseguisse vaga nas universidades públicas deveria estudar em faculdade particular com mensalidade paga integralmente pelo governo.
- O Brasil precisa de professor. É como se o país precisasse de soldados. Estamos numa guerra, mas nem o povo nem os governantes perceberam. O que a gente faz quando está em guerra? Procura soldados. E gasta dinheiro para formar os soldados – comparou.
Sem fiador
O Fies já financiou mais de seiscentos mil cursos no país e a necessidade de garantia sempre foi uma das dificuldades para acesso ao programa. Com o Decreto 7.338/2010, o governo institui o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, que substituirá a necessidade de fiador, conforme portaria do Ministério da Educação. O fundo será mantido pelo Tesouro Nacional e pelos estabelecimentos de ensino que aderirem ao programa.
Apenas poderão fazer uso do benefício os estudantes que cursarem licenciaturas ou que tenham renda familiar inferior a um salário mínimo e meio per capita. Bolsistas parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni) que queiram financiar o restante da mensalidade também poderão pedir dispensa de fiador.

Já com o Decreto 7.337/2010, o governo busca ampliar os prazos para quitação dos débitos – a primeira parcela passará a ser cobrada 19 meses após a conclusão do curso. A nova norma também prevê parcelamento do saldo devedor por um período equivalente a até três vezes o tempo de estudo do aluno na condição de financiado, acrescido de doze meses. Pela nova norma, que altera a lei que instituiu o Fies (Lei 10.260/ 01), a amortização do financiamento poderá ser antecipada, quando for de interesse do estudante.


Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Fonte: http://www.cristovam.org.br

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Estatuto da Igualdade Racial reabre discussão sobre cotas!


Com a nova lei em vigor, Executivo poderá criar sistema de cotas por meio de medida administrativa, o que provoca controvérsia no Congresso. Segundo ONG, quase 67% das instituições públicas de ensino superior do País já adotam políticas de inclusão.




O Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/10), que entrou em vigor nesta quarta-feira (20), reacende a polêmica em torno das políticas de cotas. Um dos pontos mais discutidos da nova lei é o que obriga o governo federal a adotar ações afirmativas, sem a necessidade de passar pelo Legislativo.

Desde junho o ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo, manifesta a intenção de instituir sistemas de cotas por meio de medida administrativa. A iniciativa já encontra resistência no Congresso.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator no Senado do Projeto de Lei 73/99, que institui cotas sociais e raciais nas universidades federais, sustenta que a adoção dessa política por meio administrativo representa uma ofensa ao Legislativo.

Contrário às cotas raciais, o DEM já ajuizou três ações no Supremo Tribunal Federal questionando a constitucionalidade dessas medidas. De acordo com o DEM, a discriminação positiva de negros "promove a ofensa arbitrária ao princípio da igualdade", além de instituir o "racismo de Estado" na sociedade brasileira.

Já o deputado Carlos Abicalil (PT-MT), que relatou o PL 73/99 na Câmara, afirma que a resistência à adoção de cotas decorre "sobretudo do preconceito e do fato de que políticas de inclusão alteram privilégios de determinadas categorias".

O diretor-executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Frei David Raimundo Santos, defende que a iniciativa parta do Executivo. Para ele, ao aprovar o Estatuto da Igualdade Racial, deputados e senadores abriram mão de decidir sobre ações afirmativas.

O estatuto criou o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), responsável pelas ações afirmativas. Os estados, o Distrito Federal e os municípios podem aderir ao sistema. "A partir de agora, qualquer prefeito do Brasil por criar política de cotas", comemora Frei David. 


Bônus
Apesar da controvérsia, a adoção de ações afirmativas já é uma realidade consolidada no País. Levantamento da Educafro mostra que 158 (66,9%) das 236 instituições públicas de ensino superior (Censo 2008) contam com algum tipo de política de inclusão. 

A maioria das instituições, 32,9%, utiliza a modalidade de bônus social e racial. É o caso, por exemplo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que adiciona 30 pontos à nota de alunos egressos da rede pública. Caso esse candidato também se declare preto, pardo ou indígena, recebe 10 pontos adicionais.

De acordo com o coordenador-executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp, Renato Hyuda de Luna Pedrosa, o método tem apresentado bons resultados. Segundo ele, o percentual de alunos de escolas públicas aumentou de 29% para 32% nos cinco primeiros anos de adoção da medida (de 2005 a 2009), enquanto o de pretos e pardos passou de 11% para 15%.

Nos cursos de maior prestígio, como Medicina, Engenharias e Ciências Econômicas, o impacto foi ainda maior, conforme o coordenador. Em Medicina, a participação de estudantes da rede pública chegou a 30% - cinco anos antes era de 10%. Quanto a pretos e pardos, passou de 6% para 14%.

Cotas
A segunda modalidade de inclusão mais adotada pelas instituições é a de cotas raciais e sociais, usada por 31% delas. No Rio de Janeiro, o sistema foi instituído por lei estadual e é obrigatório em todas as instituições mantidas pelo estado.

A lei fluminense destina 20% das vagas a alunos de escola pública, 20% a negros e 5% a portadores de deficiência, indígenas e filhos de policiais mortos em serviço. Os beneficiários precisam ainda comprovar renda familiar mensal de até R$ 630 por pessoa.

Em terceiro lugar na preferência das instituições estão as cotas sociais, instituídas em 17,7% das instituições públicas de ensino superior. Foi a modalidade escolhida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que destina 20% das vagas a alunos de escola pública.

Críticas
Para Frei David, as cotas sociais, quando desassociadas da questão racial, tiveram efeito contrário ao esperado. Segundo ele, na UFF, "de cada dez cotistas, nove são brancos de classe média".

O mesmo problema teria ocorrido na Universidade de São Paulo (USP). A instituição aumenta, de 3% a 12%, a nota do vestibular dos candidatos do ensino público. Mas, de acordo com Frei David, o número de brancos pobres e de negros na universidade diminuiu. "O reitor já decidiu, inclusive, criar uma comissão para mudar o método", adiantou.

As instituições que decidiram usar apenas cotas raciais representam 13,3% do total. Uma delas é a Universidade de Brasília (UnB), que destina 20% das vagas a negros e 10 vagas para indígenas.


Continua:
Cotistas têm desempenho similar à média geral


Reportagem - Maria Neves
Edição - Daniella Cronemberger

O Carro elétrico é novidade ou não é?




Bem aposto que muitos não sabem que o carro elétrico não é novidade coisa nenhuma, ele já é um item que foi esquecido durante muito tempo, mais ou menos uns 80 a 90 anos atrás. Foi no inicio do século XX que deu inicio a criação do carro elétrico e ele como todo item novo com certeza deveria ter sido um sucesso, claro que um automóvel no inicio do século XX apenas uma classe privilegiada poderia ter acesso a comprá-los, pois não eram tão baratos como os carros com motor a combustão. Em 1920 com a chegada da grande estréia da “linha de produção em massa” de veículos com motor a combustão de combustível fóssil, Henri Ford chegou a declarar: “o carro elétrico é muito silencioso é um carro feminino, já o carro com motor de combustão é algo bem mais masculino”. Então com este advento o carro a combustão era barato e sua compra passou a ser acessível à boa parte da população fazendo com que muitas pessoas ingressassem em suas vidas um novo item para um novo estilo de vida que dura até hoje. As cidades e grandes centros urbanos adaptaram a esta loucura frenética, hoje com os recursos naturais a cada ano mais escassos a volta do carro elétrico é uma maneira que venha ser mais acessível e rentável, até lá o investimento ainda vai ser no bio-combustível aqui no Brasil, e muitos outros países vão continuar em busca de combustível fóssil. O advento do carro elétrico não aconteceu e nem acontece, pois muitas destas empresas e corporações petrolíferas podem chegar a quedas exorbitantes de seus lucros, pois muitos não necessitaram mais de combustível fóssil para o seu dia-a-dia ou mesmo ir com freqüência nos postos de gasolina, pois, bastará um adaptador a tomada de sua casa e pronto, seu carro recarregará e claro, até lá também devem melhorar e muito a tecnologia do envio e distribuição da energia nas usinas elétricas e novas formas mais apropriadas de gerar energia elétrica como placas solares e energia eólica, e até esse dia teremos de continuar a pagar e muito caro pelo preço da gasolina como o do álcool.


 Escritor: Wolferson José de arruda

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Escola Pública Japonesa!

Reparem nas extremas diferenças entre o nosso país e os deles, mas por incrível que pareça o rendimento escolar japonês esta tendo um leve declínio, mas isso é causado pela forte ascensão da cultura americana desde a década de 50, que também neste período foi o inicio do brutal investimento em educação que este país teve,  então se o brasil realmente quer se tornar uma grande potência em varias áreas tem de investir em educação agora só para poder ter um bom rendimento talvez daqui 10 anos.

Projetos de senadores beneficiam professores!!!

Projetos apresentados pelos senadores e em exame pelas comissões da Casa pretendem melhorar as condições salariais e de trabalho dos profissionais da educação. As proposições tratam de temas como bonificação por desempenho, isenção de imposto de renda e plano de carreira.

Gratificação Natalina

Projeto que garante bonificação anual para os profissionais da educação básica que estiverem em exercício nas escolas e melhorarem seu desempenho poderá ser votado na próxima reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O projeto (PLS 319/08) é do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

O benefício deverá ser concedido aos profissionais de escolas que elevarem em 50% o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ou outro indicador que o suceda, ou alcançarem o índice mínimo de seis. Para o pagamento da bonificação, deve haver prévia reserva nas leis orçamentárias.

O projeto será votado na forma do substitutivoQuando o relator de determinada proposta introduz mudanças a ponto de alterá-la integralmente, o Regimento Interno do Senado chama este novo texto de "substitutivo". Quando é aprovado, o substitutivo precisa passar por "turno suplementar", isto é, uma nova votação. apresentado pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN). A senadora mudou a proposta original, dando a ela um caráter autorizativo e não mais obrigatório.

Estudo

Na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) está pronto para ser votado projeto da senadora Fátima Cleide (PT-RO), modificado por substitutivo do senador Augusto Botelho (sem partido-RR), que assegura aos profissionais da educação passar um tempo da jornada fora das salas de aula. Para os que trabalham em tempo integral, a metade da carga horária será cumprida em atividades de estudo, planejamento, avaliação e outras ações não incluídas no trabalho de interação com os alunos.

Nos casos de regime de trabalho com menor carga horária, o projeto, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/1996), assegura um terço da carga horária dedicado a essas outras atividades.

Para justificar sua proposta (PLS 397/2008), a senadora lembra que nas universidades, no regime de 40 horas semanais, os docentes só estão obrigados a oito horas de trabalho em sala de aula, enquanto no ensino fundamental e médio chega-se a cumprir 32 horas em aulas. Essa situação, ressalta ela, obriga os professores a trabalhos estafantes e sem retorno da aprendizagem dos alunos.

 

Imposto de Renda

Também na Comissão de Educação (CE) tramita projeto (PLS 312/2009) do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) com objetivo de atrair profissionais qualificados para as salas de aula. Ele propõe a isenção de imposto de renda sobre a parcela dos rendimentos de pós-graduados que acumulem cargos de professor, ou o cargo de professor com outro técnico-científico. O projeto inclui ainda como possíveis beneficiários da medida os professores aposentados e pensionistas pós-graduados.

O senador argumenta que pouco adianta, em termos qualitativos, para a atração de profissionais verdadeiramente qualificados, conceder aumentos salariais aos professores se o imposto de renda consome boa parte da parcela dos rendimentos extras obtidos com a acumulação de cargos públicos permitida pela Constituição. Ele acredita que sua proposta estimulará professores da rede pública a se aperfeiçoarem em pós-graduações.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi designado para relatar a proposta, que seguirá depois para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativaÉ aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. .

Carreira

Também do senador Cristovam Buarque está em exame na CE o projeto (PLS 320/2008), que cria a Carreira Nacional do Magistério da Educação de Base e o Programa Federal de Educação Integral de Qualidade para Todos (PFE), a ser implantado paulatinamente, por conjunto de cidades, sob a coordenação do Ministério da Educação.

O projeto toma como exemplo o Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, cuja administração é federal, para sugerir aumento do salário médio dos professores. Segundo Cristovam Buarque, os professores do Pedro II recebem R$ 4 mil, enquanto a média nacional é de R$ 1,3 mil.

Além de propor a adoção do Plano de Carreira do Ensino Básico do Colégio Pedro II para o restante do País, o projeto determina o ingresso na carreira exclusivamente por concurso público coordenado pelo Ministério da Educação.

Os professores aprovados no concurso deverão trabalhar nas cidades em que o Programa Federal de Educação Integral for implantado. Nessas localidades, será adotado o horário escolar integral.

O senador acredita que, com a melhoria dos salários, o concurso público federal e a implantação do horário integral, poderá ser garantido a todas as escolas do país o mesmo nível do Colégio Pedro II. Para ele, a única forma de aprimorar a qualidade das escolas é federalizar a educação de base, "pois o ensino municipalizado já se mostrou ineficaz para atingir o nível ideal de educação".

A matéria, já aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), está sendo relatada na CE pelo senador Marco Maciel (DEM-PE) e receberá decisão terminativa.

Gestores

Outro projeto (PLS 321/2008) de Cristovam cria a Escola Nacional de Gestores Educacionais, vinculada ao Ministério da Educação e destinada a formar e capacitar profissionais para a gerência no âmbito educacional.

Propõe-se a criação de pelo menos uma unidade da escola em cada uma das grandes regiões do país. O relator na CCJ é o senador Eduardo Suplicy. Depois de votada nessa comissão a matéria seguirá para a CE, em caráter terminativo.

Remuneração

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) foi designada na CCJ para relatar outro projeto do senador Cristovam Buarque, já aprovado na CE, que institui o regime de dedicação exclusiva para os profissionais da educação básica pública. Como forma de valorização do magistério público, a proposição (PLS 4/2008) garante a esses profissionais remuneração nunca inferior a 70% da paga aos professores das instituições federais da educação superior com titulação equivalente.

Denise Costa / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Falta “educação de qualidade” nas propostas dos candidatos


É fundamental exigir que educação esteja mais presente na plataforma dos candidatos

Em 2006, o senador Cristovam Buarque (PDT), então candidato à Presidência da República, direcionou toda a sua campanha em torno da “causa da Educação”. Com origem política nos bancos escolares e ex-ministro da Educação da primeira metade do primeiro governo Lula, Cristóvão Buarque chegou a ser taxado de “enfadonho” por se referir somente ao mesmo tema, “como se fosse esta a única necessidade do Brasil”. Pelos resultados das urnas, a bandeira defendida por Buarque está longe de ser uma preocupação constante do eleitor.

Mas é, no mínimo, injusto dizer que o senador Buarque tenha sido “enfadonho”. Educação é sim a origem de grande parte dos males do Brasil. É a partir da ignorância da população que se desenvolvem problemas relacionados à cidadania e ao desconhecimento de direitos e deveres. Neste dia 15 de outubro – Dia do Professor – é fundamental exigir que o tema esteja mais presente na plataforma dos candidatos que disputam a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Como atualmente não existe um “enfadonho” Cristovam Buarque, parece que o assunto virou secundário, o que é um prejuízo ao País.

E a preocupação da população, especialmente por parte dos jovens, está voltada não só à universalização da educação, mas também à qualidade do ensino empreendido nas salas de aula. Letícia Bechara, coordenadora de vestibular da Trevisan Escola de Negócios, apresenta dados interessantes acerca da preocupação em torno da boa educação. Ela demonstra, com base em pesquisa da Data Popular, em setembro deste ano, que o jovem relaciona o sucesso diretamente à formação, “especialmente de qualidade”, pontua. No estudo, 75% dos jovens concordam que ter um diploma só vale a pena se o ensino for bom.

Letícia Bechara aponta ainda que, por outro lado, são as universidades públicas que figuram entre as instituições de ensino superior com melhor avaliação. “Pesquisa recente indica que a USP e a Unicamp estão entre as 300 melhores do mundo, de acordo com ranking elaborado pela consultoria QS”, aponta. Com base nesta conjectura, Letícia lembra que as classes A e B continuam sonhando com o ingresso nessas instituições, cuja concorrência deixa praticamente de fora os alunos da rede pública. “Em outra vertente”, assinala a administradora, “o fato de a classe C já estar ocupando lugar em 22% nas escolas privadas de Ensino Fundamental e Médio, demonstra que esse grupo social enxerga no ensino particular a chance de conseguir vaga no ensino público superior”.

Quando o caminho (aluno da rede pública – universidade pública) não se realiza, os jovens da Classe C se deslocam às universidades particulares, o que representa 80% das vagas nas Instituições de Ensino Superior (IES). E, novamente, a escolha é criteriosa, já que, como Leticia apontou em seu artigo, “diploma só vale se tiver qualidade”. E os fatores mais importantes para escolha da universidade passam a ser a partir da avaliação do Ministério da Educação (MEC) – por meio do Enade e Índice Geral de Cursos (IGC).

Está claro que, muito além da universalização do ensino fundamental, os estudantes querem é ensino de qualidade, seja ele na escola pública ou privada. Cabe aos políticos abraçarem, à moda de Cristovam Buarque, o ensino como “causa” e não terem receio de serem taxados de “enfadonhos”.


Erich Vallim Vicente na Tribuna  do Leitor – Piracicaba, São Pedro e Rio das Pedras

domingo, 17 de outubro de 2010

Paralamas do sucesso - O Calibre!

A mulher sem voz e nem vez já é algo que deve ser lembrado ou ainda é uma realidade tão presente como desigualdade social que existe neste país?


 Comecemos a falar sobre o sistema ditatorial que houve no Brasil na década de 60 a 80 onde muitos jovens e militantes lutaram para acabar com um regime totalitário e de censura geral. A mulher atuou muito neste ambiente, pena que não fora valorizada e também não foram muitas que participaram, pois estas mulheres militantes eram consideradas piores que os próprios homens que atuavam nesta área pelo simples aspecto social de que a mulher naquela época deveria adquirir uma posição muito mais reclusa e de obediência para algum homem sendo seu pai ou marido e também uma mulher simples que cuidasse de casa e dos filhos, católica e aceitasse sua posição na sociedade como alguém que não deve se misturar com política, isso era algo que apenas homens poderiam atuar. Muitas das mulheres que eram militantes também não eram vistas de modo geral com olhos afáveis pelos seus próprios companheiros, pois estes também carregavam como toda a sociedade de moldes tanto ocidentais como orientais em si uma cultura de que a mulher é aquela que serve ao homem, mas por tais questões muitas militantes formaram grupos feministas que eram contra até as diretrizes revolucionarias que faziam da mulher apenas para atuar no campo da logística ou simplesmente para lavar e cozinhar para os “combatentes”, ela não tomava frente nas batalhas, pois acreditavam que ela era fraca tanto para um combate como poderia delatar os companheiros se fosse torturada. A mulher buscou muito sua liberdade de expressão e igualdade de direitos e deveres entre ela e o homem, onde queria atuar livremente em qualquer campo de trabalho sem assim sofrer um abuso ou desvalorização. Hoje a mulher também é desvalorizada e muita mais a mulher negra, um país como o Brasil sendo que sua principal matriz é africana ainda existe uma forte descriminação racial. Voltando o assunto, a mulher como uma militante política que lutava contra o sistema era vista de modo religioso como sendo totalmente a personificação do mal, o próprio diabo, pois se o militante comunista já era visto como algo aterrador, a mulher recebia uma característica muito mais medonha. Mas devido ao que ela fez e onde atuou hoje é notável como ainda não recebe às vezes um prestigio, pois, a própria história já não valoriza tais personagens, a mulher agora não conseguiu de fato o que buscava, mas já o pelo que ela lutou já é de extrema importância, pois, no cenário político podemos ver mulheres atuando lá, não em grande numero, mas de modo considerável que sua empreitada para um acesso maior e uma valorização maior de seus interesses possa ser recorrida, não falo apenas das industrias de roupa e cosméticos, pois isso não representa igualdade alguma, o salário de uma mulher ainda é baixo comparado com o salário de um homem mesmo os dois possuindo o mesmo cargo com o mesmo tempo de serviço. E ainda pior quando mistura a questão racial. Elas têm muito pelo que lutar ainda, o direito ao voto e a sua participação na política foram ainda pequenos passos pelo o que ainda poderão adquirir.

Escritor: Wolferson José de Arruda

sábado, 16 de outubro de 2010

Serra querendo acabar com o Enem !?

O Ministério da Educação lamenta profundamente que a cerca de 20 dias da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que movimentará sonhos e aspirações de 4,6 milhões de estudantes em todo o país, o assunto seja tratado de forma leviana pelo candidato à Presidência da República José Serra.

O candidato de oposição ao atual governo anunciou que quer acabar com o novo Enem, um projeto construído pela rede federal de educação superior, com a participação das 59 universidades federais e dos 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em todo o país.

Após a reformulação do exame, a rede decidiu abandonar o vestibular tradicional em proveito de um sistema democrático de acesso à educação superior pública de qualidade. Este ano, a rede oferecerá mais de 83 mil vagas, preenchidas exclusivamente pelo Enem, além das 140 mil bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni).

Desde 2004, os partidos de oposição, por meio do Partido Democratas (DEM), tentam junto ao Supremo Tribunal Federal a declaração de inconstitucionalidade do ProUni, que tem o Enem como principal porta de entrada e já beneficiou mais de 700 mil jovens estudantes de baixa renda.

O candidato José Serra partidariza uma discussão que sempre foi tratada de forma suprapartidária pelo Ministério da Educação. O novo Enem foi elogiado por parlamentares de diversos partidos, inclusive do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal. É lastimável que o candidato agora se valha de um crime cometido contra o Estado e apurado pela Polícia Federal para partidarizar o debate sobre Educação.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Aqueles que apoiam o Serra, não são aqueles que querem uma política mais justa!!!



Hoje é o dia do Professor!!!




Parabéns a todos que são professores e educadores tanto da rede pública como privada deste nosso amado país e deste adorável povo brasileiro que não valoriza a educação e que não te valoriza, mas mesmo assim você é um vencedor!




Agora um poema de Jô Soares sobre o professor:




O Professor esta sempre errado 


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

É jovem, não tem experiência.

É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.

Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.

Fala em voz alta, vive gritando.

Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um 'caxias'.

Precisa faltar, é um 'turista'.

Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.

Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.

Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.

Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.

A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.

Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.

Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.

Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.

O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Toca Raul!!!

Pornografia infantil em mangás!?


Em março deste ano, um projeto de lei de Tóquio que revê a regulamentação do uso de personagens infantis em manga (histórias em quadrinho) e anime (filmes de animação) eróticos acendeu uma discussão calorosa entre sociedades civis, governo e autores de histórias em quadrinhos.

O projeto visava tornar mais rígida a Lei de Proteção da Infância e da Adolescência, regulamentando o uso de imagens de cunho sexual em histórias em quadrinhos e desenhos animados, com a introdução de conceito de “menores de idade fictícios”, que seriam aqueles com aparência pueril. Caso esses personagens aparecessem em cenas de sexo abusivo, com conteúdo que “prejudique a formação de conceito saudável sobre o tema”, o governo pediria que as obras não fossem vendidas a menores de idade. E quando houvesse cenas polêmicas, como incesto, seria enquadrado como “obra insalubre”, sendo proibida a venda a menores.

A Assembleia de Tóquio, no entanto, adiou a votação para junho, alegando que havia pontos que não estavam claros, mas o assunto ganhou repercussão, já que a regulamentação da capital japonesa é referência para o resto do país, podendo dificultar a distribuição de revistas e DVDs.

No mesmo dia em que a Assembleia de Tóquio adiou a votação da polêmica proposta, o governador de Osaka, Toru Hashimoto, expressou o desejo de fazer um projeto semelhante, lembrando que a discussão na capital o levou a pensar a pornografia infantil em meios de comunicação como um problema urbano. “Quero conhecer a realidade de Osaka e decidir se há necessidade de uma regulamentação”, disse Hashimoto.

O manga erótico vem sendo alvo de crítica de sociedades civis, principalmente o PTA (Associação de Pais e Mestres), desde o final da década de 1960. Na época, um dos títulos mais criticados foi o Harenchi Gakuen, de Go Nagai. Publicado numa das revistas de manga mais vendidas, Shonen Jump, a história, que tinha como cenário um colégio com professores bizarros, se tornou centro de batalha entre o PTA, escolas, críticos, autores de manga e leitores.

A Associação de Diretores de Escolas de Yokkaichi, Mie, tentou enquadrar o manga como “publicação insalubre”, o que faria com que a publicação tivesse o acesso por menores de idade dificultado, com uso de embalagens plásticas e disposição em prateleiras restritas nas livrarias. A tentativa foi frustrada, mas os pais e professores passaram a prestar mais atenção ao material que jovens liam.

O autor Go Nagai, que naquela época foi alvo de ataque pessoal na mídia, está entre os que criticam o aumento do rigor da lei de Tóquio, proposto em março último. “Se (naquela época) houvesse esta regulamentação, o Harenchi Gakuen não teria sido publicado”, falou Nagai, em entrevista coletiva no dia 15 de março, na sede do governo da capital.

Outros autores consagrados de manga, como Tetsuya Chiba, autor de Ashita no Joe, e Machiko Satonaka, autora de Aries no Otome Tachi, também se juntaram ao protesto, temendo que o direto de expressão fosse restringido. O Pen Club (Associação Japonesa de Escritores) também se manifestou contrário à revisão. Por outro lado, associações como a Federação Japonesa de Associação de Advogados manifestou a necessidade de criar regras mais claras sobre a pornografia infantil e a proibição de posse deste tipo de material, ressaltando, porém, que é contrária à criminalização da simples posse.

 

“Pornografia simulada”

O uso de desenhos de personagens com aparência infantil enquadra-se na chamada “pornografia simulada”, porque não envolve crianças reais na sua produção. Justamente aqui está a diferença entre o Harenchi Gakuen, centro da batalha 40 anos atrás, e o material produzido hoje: na obra de Nagai os personagens, principalmente as meninas, eram adolescentes, mas a aparência física era de mulheres adultas. Já muitas produções hoje consideram personagens maiores de idade, mas o seu visual é de criança: além do aspecto físico de quem não atingiu a maturidade, há caracterizações como uso de uniforme escolar e linguajar, que levam a identificá-las como crianças de até 5 anos de idade.

Uma pesquisa realizada pelo governo japonês em 2007 mostrou que 90% das pessoas consultadas são a favor de regulamentar o uso de imagens de personagens com aparência de menores de idade em histórias em quadrinhos e ilustrações. Apenas 2,5% acham que estas obras não deveriam ser regulamentadas. A enquete foi feita entre 13 e 23 de setembro de 2007, com quase duas mil mil pessoas com mais de 20 anos consultadas.

 

Diferenças

Em 2008, foi lançada a campanha “Vamos acabar com a pornografia infantil” (Nakusou! Kodomo Poruno), em conjunto com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) do Japão, para colher assinaturas cobrando do governo e da Dieta regulamentação para o assunto nos meios de comunicação, incluindo o uso de imagens de personagens fictícias com aparência de crianças. Mais de 114 mil pessoas assinaram a proposta, que pedia também criminalização da posse destes materiais, além da estruturação do governo para atender vítimas de pornografia infantil.

A campanha lembrou que o Japão, junto com a Rússia, era um dos dois únicos países do G-8 que não proíbem o porte de material contendo pornografia infantil. A coordenação da campanha lembrou que, “ao deixar o Japão, um gigante da tecnologia e de geração de produtos, à própria sorte, não apenas crianças japonesas mas do mundo inteiro ficam sujeitas à violência sexual”.

Aqueles que pedem a regulamentação da pornografia infantil, como a campanha acima citada e a federação dos advogados, ressaltam que não pedem a moralização dos meios de comunicação, mas a preservação do direito das crianças. Lembram também que crianças estão se tornando mercadoria no grande mundo do comércio sexual nipônico.

Enquanto o Japão discute os limites dos mangas eróticos envolvendo figuras infantis, a falta de regras definidas virou caso de polícia nos Estados Unidos. Em maio de 2009, um colecionador de manga admitiu ter recebido um pacote por correio contendo material de pornografia infantil. O caso começou em 2006, quando a alfândega norte-americana checou uma encomenda enviada ao homem de 39 anos. Como foram encontrados mangas com cenas eróticas com personagens de aparência infantil sendo abusadas por adultos e animais, foi aberto processo contra ele com base no 2003 Protect Act, lei que proíbe a pornografia de crianças nos EUA. Se considerado culpado, ele pode pegar até 15 anos de prisão. O advogado do acusado afirma que ele é colecionador de manga como um todo, de que as versões pornográficas são apenas um dos gêneros de e seu acervo e de que ele não é pedófilo.

 

 

A situação no mundo

O 3º Congresso Mundial Contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que aconteceu em novembro de 2008, no Rio de Janeiro, discutiu o uso de instrumentos e medidas mais eficazes contra a exploração sexual dos menores de idade. O documento final, chamado Declaração do Rio de Janeiro, pede a “criminalização da produção, distribuição, recebimento e porte intencional de pornografia infantil, incluindo imagens virtuais e representação de exploração sexual de crianças”. Já o Conselho da Convenção Europeia para Proteção de Crianças contra Exploração e Abuso Sexual considerou que o assunto envolve também desenhos e ilustrações: “O termo pornografia infantil significa qualquer material que mostra visualmente crianças tomando parte de conduta sexual real ou simulada, ou desenho de qualquer órgão sexual de menores para propósito sexual”.


Reportagem: Yoko Fujino/NB com Kyodo News | Fotos: Kyodo e Reprodução


Fonte: http://www.zashi.com.br/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Parlamentares descartam influência eleitoral na reforma do código florestal


Parlamentares favoráveis e contrários à reforma do Código Florestal (PL 1876/99) aprovada por comissão especial na Câmara avaliam que a posição dos candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), pouco interferirá no andamento da proposta no Congresso.

O debate sobre o Código Florestal ganhou força depois de a terceira colocada na disputa presidencial, Marina Silva, anunciar que a posição dos candidatos em relação ao tema é fundamental na discussão sobre os rumos que ela e o Partido Verde irão tomar neste segundo turno. O PV deve decidir até o próximo domingo (17) se apoia Dilma ou Serra.

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), no entanto, não acredita que o apoio de Marina Silva a um dos dois candidatos influencie a análise da reforma do Código Florestal. Dr. Rosinha e outros quatro deputados - Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Sarney Filho (PV-MA) e Ivan Valente (Psol-SP) - votaram contra o texto do relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), aprovado pela comissão especial.

Para Dr. Rosinha, nem Serra e nem Dilma vão influenciar a análise do tema no Congresso. “Quem pode influenciar é justamente ela [Marina], uma vez que está tramitando no Congresso. Acho que colocar esse tema na campanha eleitoral é importante para fazer o debate, mas é importante que também saibam todos que esse debate será limitado, porque o Congresso Nacional tem autonomia para tomar decisão. Não depende de um resultado eleitoral imediato. Pode até depender para o ano que vem, mas para este ano é praticamente impossível."

Integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária e presidente da comissão especial sobre o Código Florestal, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), concorda que a posição dos presidenciáveis sobre o tema não deve interferir na tramitação da proposta na Câmara.

"O relatório foi aprovado na comissão especial e, logo após o segundo turno, será feito um acordo entre as lideranças de partido para colocar em pauta sua votação. Independente de a Dilma ganhar ou de o Serra ganhar, o relatório de Aldo Rebelo será levado a Plenário para ser votado", afirma Micheletto.

Em entrevista coletiva recente, o presidente da Câmara, Michel Temer, disse, no entanto, que a votação de temas polêmicos, como a reforma do Código Florestal, deve ficar para o próximo ano, após a posse dos parlamentares eleitos.

 

 

Texto polêmico

Defendido por ruralistas e repudiado por ambientalistas, o texto do deputado Aldo Rebelo sobre o assunto prevê que propriedades até quatro módulos fiscais não precisarão cumprir os percentuais mínimos de preservação previstos para cada bioma. No caso da Amazônia, por exemplo, os proprietários devem manter, pelo menos, 80% de sua terra coberta com vegetação nativa.

 

Outro ponto polêmico da proposta refere-se à autorização para desmatamento. O relator prevê a proibição de abertura de novas áreas para agricultura e pecuária por cinco anos, com exceção daquelas com autorização para desmatar expedida ou protocolada até a data da promulgação da lei. Aldo Rebelo propõe, ainda, que as terras em uso até julho de 2008 sejam reconhecidas e regularizadas.


Reportagem - Ana Raquel Macedo 

            Edição – Natalia Doederlein

Fonte: http://www2.camara.gov.br



Para ficarem sabendo mais da noticia que aprova a reforma da código florestal entrem nesta página:

Comissão aprova reforma do Código Florestal


domingo, 10 de outubro de 2010

Política é coisa de idiota?



Os gregos davam um nome apropriado a quem cuidasse da vida pública, da comunidade e que acreditasse que a mais nobre regra é "um por todos e todos por um": este era chamado de político.



"Política é coisa de idiota!". Mas não poder ser! Essa sentença aparece em comentários indignados, cada vez mais frequentes no Brasil, e, em nome da verdade histórica, o que podemos constatar é que acabou se invertendo o conceito original de idiota, pois a expressão idiótes, em grego, significava aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política. Em outros termos, os gregos antigos chamavam de idiota a pessoa que achava que a regra da vida é "cada um por si e Deus por todos".

Os mesmos gregos davam um nome apropriado a quem cuidasse também da vida pública, da comunidade, e que acreditasse que a mais nobre regra é "um por todos e todos por um": este era chamado de político. E se entendia que todas e todas éramos e deveríamos ser políticos, a partir da noção de que pólis é a comunidade, a cidade, a sociedade, e é nela, com ela e por ela que vivemos.

No cotidiano, o que se fez foi um sequestro semântico, uma inversão do que seria o sentido original de idiota, a ponto de muitas e muitos hoje pensarem que só deixa de ser idiota aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal. Sua expressão generalizada é: "Não me meto em política".

Recusemos tal percepção negativa da política, pois afeta a convivência decente e saudável e, antes de mais nada, esquece que "os ausentes nunca tem razão". De fato, muitos se sentem assim em relação a um determinado modo de fazer política, mas não corresponde à ideia mais abrangente de política, dado que ausentar-se em nome da liberdade e do interesse próprio esbarra novamente no mundo clássico, para o qual o idiota não é livre (porque toma conta só do próprio nariz), pois entendiam que só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva.

Assim, a política é vista aí como convivência coletiva, mesmo que moremos cada um em nossa própria, usando o latim, domus, ou seja, em casa, nosso domínio. Porém, na prática, porque vivemos juntos e só assim o conseguimos, a questão é que não temos domus, só temos con-domínios. Viver é conviver, seja na cidade, ainda que em casa ou prédio, seja no país, seja no planeta.

A vida humana é condomínio. E só existe política como capacidade de convivência exatamente em razão do condomínio.

*Mario Sergio Cortella é filósofo, professor-titular da PUC-SP e escreveu com o filósofo Renato Janine Ribeiro (USP) o livro Política: para não ser idiota (Papirus, 2010)


Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br

Howard Gardner e as Inteligências Múltiplas!


“A educação precisa justificar-se realçando o entendimento humano”


Howard Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus alemães refugiados do nazismo. Ingressou na Universidade Harvard em 1961 para estudar história e direito, mas acabou se aproximando do psicanalista Erik Erikson (1902-1994) e redirecionou a carreira acadêmica para os campos combinados de psicologia e educação. Na pós-graduação, pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana sob orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre educação artística. Em 1971, tornou-se co-diretor do projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram a público em seu sétimo livro, Frames of Mind, de 1983, que o projetou da noite para o dia nos Estados Unidos. O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram, enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como Mentes Extraordinárias. Em 2005, foi eleito um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect.
Formado no campo da psicologia e da neurologia, o cientista norte-americano Howard Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências múltiplas, divulgada no início da década de 1980. Seu interesse pelos processos de aprendizado já estava presente nos primeiros estudos de pós-graduação, quando pesquisou as descobertas do suíço Jean Piaget (1896-1980). Por outro lado, a dedicação à música e às artes, que começou na infância, o levou a supor que as noções consagradas a respeito das aptidões intelectuais humanas eram parciais e insuficientes.
Até ali, o padrão mais aceito para a avaliação de inteligência eram os testes de QI, criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911) a pedido do ministro da Educação de seu país. O QI (quociente de inteligência) media, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico- matemático, mas durante muito tempo foi tomado como padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas. “Como o aprendizado dos símbolos e raciocínios matemáticos envolve maior dificuldade do que o de palavras, Binet acreditou que seria um bom parâmetro para destacar alunos mais e menos inteligentes”, diz Celso Antunes, coordenador-geral de ensino do Centro Universitário Sant’ Anna, em São Paulo. “Mais tarde, Piaget também destacou essa dificuldade e, dessa forma, cresceu exponencialmente a valorização da inteligência lógico-matemática.”


Trabalho dos gênios

Sob a influência do norte-americano Robert Sternberg, que estudou as variações dos conceitos de inteligência em diferentes culturas, Gardner foi levado a conceituá-la como o potencial para resolver problemas e para criar aquilo que é valorizado em determinado contexto social e histórico. Na elaboração de sua teoria, ele partiu da observação do trabalho dos gênios. “Ficou claro que a manifestação da genialidade humana é bem mais específica que generalista, uma vez que bem poucos gênios o são em todas as áreas”, afirma Antunes. Gardner foi buscar evidências também no estudo de pessoas com lesões e disfunções cerebrais, que o ajudou a formular hipóteses sobre a relação entre as habilidades individuais e determinadas regiões do órgão. Finalmente, o psicólogo se valeu do mapeamento encefálico mediante técnicas surgidas nas décadas recentes. Suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são eminentemente empíricas. Ele concluiu, a princípio, que há sete tipos de inteligência:

 

1. Lógico-matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.

 

2. Lingüística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.

 

3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.

 

4. Físico-cinestésica é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.

 

5. Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.

 

6. Intrapessoal é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.

 

7. Musical é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.

 

Mais tarde, Gardner acrescentou à lista as inteligências natural (reconhecer e classificar espécies da natureza) e existencial (refletir sobre questões fundamentais da vida humana) e sugeriu o agrupamento da interpessoal e da intrapessoal numa só.

 

A primeira implicação da teoria das múltiplas inteligências é que existem talentos diferenciados para atividades específicas. O físico Albert Einstein tinha excepcional aptidão lógico-matemática, mas provavelmente não dispunha do mesmo pendor para outros tipos de habilidade. O mesmo pode ser dito da veia musical de Wolfgang Amadeus Mozart ou da inteligência físico-cinestésica de Pelé. Por outro lado, embora essas capacidades sejam independentes, raramente funcionam de forma isolada.

O que leva as pessoas a desenvolver capacidades inatas são a educação que recebem e as oportunidades que encontram. Para Gardner, cada indivíduo nasce com um vasto potencial de talentos ainda não moldado pela cultura, o que só começa a ocorrer por volta dos 5 anos. Segundo ele, a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito nivelador de grande parte das escolas. Preservá-las já seria um grande serviço ao aluno. “O escritor imita a criança que brinca: cria um mundo de fantasia que leva a sério, embora o separe da realidade”, diz Gardner.

 

Enfoques variados, habilidades diversas

Muitas escolas, inclusive no Brasil, se esforçaram para mudar seus procedimentos em função das descobertas de Howard Gardner. A maneira mais difundida de aplicar a teoria das inteligências múltiplas é tentar estimular todas as habilidades potenciais dos alunos quando se está ensinando um mesmo conteúdo. As melhores estratégias partem da resolução de problemas. Segundo Gardner, não é possível compensar totalmente a desvantagem genética com um ambiente estimulador da habilidade correspondente, mas condições adequadas de aprendizado sempre suscitam alguma resposta positiva do aluno – desde que elas despertem o prazer do aprendizado. O psicólogo norte-americano atribui à escola duas funções essenciais: modelar papéis sociais e transmitir valores. “A missão da educação deve continuar a ser uma confrontação com a verdade, a beleza e a bondade, sem negar as facetas problemáticas dessas categorias ou as discordâncias entre diferentes culturas”, escreveu. Pela própria natureza de suas descobertas, o trabalho de Gardner favorece uma visão integral de cada indivíduo e a valorização da multiplicidade e da diversidade na sala de aula.

 

Para pensar 

Uma das conseqüências nefastas da valorização exclusiva da inteligência lógico-matemática é a tendência de definir o desempenho dos alunos mais pelo que eles não são (dada a impossibilidade de que todos se destaquem numa única área de conhecimento) do que pelo que são. Ainda prevalece o hábito de valorizar as habilidades relacionadas às artes e aos esportes apenas nas chamadas atividades extracurriculares. Você acha que, na prática diária, isso pode começar a ser mudado? De que forma?



Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/