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domingo, 17 de outubro de 2010

Paralamas do sucesso - O Calibre!

A mulher sem voz e nem vez já é algo que deve ser lembrado ou ainda é uma realidade tão presente como desigualdade social que existe neste país?


 Comecemos a falar sobre o sistema ditatorial que houve no Brasil na década de 60 a 80 onde muitos jovens e militantes lutaram para acabar com um regime totalitário e de censura geral. A mulher atuou muito neste ambiente, pena que não fora valorizada e também não foram muitas que participaram, pois estas mulheres militantes eram consideradas piores que os próprios homens que atuavam nesta área pelo simples aspecto social de que a mulher naquela época deveria adquirir uma posição muito mais reclusa e de obediência para algum homem sendo seu pai ou marido e também uma mulher simples que cuidasse de casa e dos filhos, católica e aceitasse sua posição na sociedade como alguém que não deve se misturar com política, isso era algo que apenas homens poderiam atuar. Muitas das mulheres que eram militantes também não eram vistas de modo geral com olhos afáveis pelos seus próprios companheiros, pois estes também carregavam como toda a sociedade de moldes tanto ocidentais como orientais em si uma cultura de que a mulher é aquela que serve ao homem, mas por tais questões muitas militantes formaram grupos feministas que eram contra até as diretrizes revolucionarias que faziam da mulher apenas para atuar no campo da logística ou simplesmente para lavar e cozinhar para os “combatentes”, ela não tomava frente nas batalhas, pois acreditavam que ela era fraca tanto para um combate como poderia delatar os companheiros se fosse torturada. A mulher buscou muito sua liberdade de expressão e igualdade de direitos e deveres entre ela e o homem, onde queria atuar livremente em qualquer campo de trabalho sem assim sofrer um abuso ou desvalorização. Hoje a mulher também é desvalorizada e muita mais a mulher negra, um país como o Brasil sendo que sua principal matriz é africana ainda existe uma forte descriminação racial. Voltando o assunto, a mulher como uma militante política que lutava contra o sistema era vista de modo religioso como sendo totalmente a personificação do mal, o próprio diabo, pois se o militante comunista já era visto como algo aterrador, a mulher recebia uma característica muito mais medonha. Mas devido ao que ela fez e onde atuou hoje é notável como ainda não recebe às vezes um prestigio, pois, a própria história já não valoriza tais personagens, a mulher agora não conseguiu de fato o que buscava, mas já o pelo que ela lutou já é de extrema importância, pois, no cenário político podemos ver mulheres atuando lá, não em grande numero, mas de modo considerável que sua empreitada para um acesso maior e uma valorização maior de seus interesses possa ser recorrida, não falo apenas das industrias de roupa e cosméticos, pois isso não representa igualdade alguma, o salário de uma mulher ainda é baixo comparado com o salário de um homem mesmo os dois possuindo o mesmo cargo com o mesmo tempo de serviço. E ainda pior quando mistura a questão racial. Elas têm muito pelo que lutar ainda, o direito ao voto e a sua participação na política foram ainda pequenos passos pelo o que ainda poderão adquirir.

Escritor: Wolferson José de Arruda