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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Escola goiana usa língua de sinais para estimular alunos!

Mesmo sem ter alunos surdos matriculados, a Escola Estadual Itagiba Laureano Dornelles, de Aparecida de Goiânia (GO), desenvolve processo de ensino da língua brasileira de sinais (libras) que resulta em melhor rendimento no processo de ensino-aprendizagem. O projeto Língua em Libras: um Novo Jeito de Aprender a Ler e Escrever foi posto em prática em 2008, com alunos do ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos (EJA).

A responsável pelo projeto é a professora Sandra de Miranda Nunes, pedagoga licenciada em filosofia. Na época, ela lecionava no quarto ano do ensino fundamental. Como estava concluindo curso de libras, aproveitava os intervalos das aulas para treinar. Acabou por despertar a curiosidade de alguns alunos, que mostraram interesse em aprender uma nova forma de comunicação.

“Os resultados foram os melhores possíveis”, diz a atual diretora da escola, Suely Gonçalves Santos. Ela ajudou Sandra a estender as aulas de libras a todas as turmas e turnos da instituição. “Notamos que alguns estudantes com outras deficiências tiveram mais facilidade de aprendizagem por meio da libras”, salienta. Segundo a diretora, alunos com deficiência mental obtiveram melhoria na sala de aula depois de aprender a língua de sinais. “Resolvemos ampliar o projeto para toda a escola”, explica Suely, formada em história, com especialização em educação especial.

De acordo com Sandra, os resultados obtidos foram excelentes, tanto com as turmas em geral quanto especificamente com alunos que apresentavam déficit de atenção ou eram portadores de síndrome de Down e vinham de resultados pouco satisfatórios na aprendizagem. A professora destaca, ainda, a repercussão do projeto nas famílias. Alguns pais relatavam mudanças favoráveis de comportamento dos filhos com relação à motivação e avanços na aprendizagem.

Sandra trabalha como professora-regente de berçário no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva e mantém o blog Arte que Ensina. Também ministra aulas de artes na Escola Interação. “No planejamento anual está incluída a libras”, salienta.

Fátima Schenini

Fonte: http://portal.mec.gov.br

Evento discutirá convergência entre biologia e robótica em São Paulo!

23/02/2011 - 17:00

A crescente necessidade de diálogo entre as especialidades que envolvem automação e biologia sintética estão formando uma nova e promissora área de atuação para pesquisadores que trabalham com ciências moleculares, ciências da computação, bioinformática e ciências da saúde, entre outros campos do conhecimento.

Divulgar essa nova área interdisciplinar é o principal objetivo do Simpósio sobre Biologia Sintética e Robótica, que será realizado amanhã (24) em São Paulo. O evento, organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Consulado Britânico em São Paulo, integra a Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência e Inovação.

Conexão entre biologia sintética e robótica

De acordo com a coordenadora do evento, Marie-Anne Van Sluys, professora do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP), a conexão entre biologia sintética e robótica terá importância crucial no futuro. Tendência que deverá exigir qualificações especiais para os biólogos.

"Precisamos gerar um novo perfil de profissional da área de biologia que seja capaz de transitar com desenvoltura pela área de computação, aplicando a robótica tanto no que se refere à idealização de experimentos como na exploração de bancos de dados com imensos volumes de informação", diz a pesquisadora.

O simpósio, segundo Marie-Anne, contará com apresentações de três cientistas britânicos e três brasileiros, cujas pesquisas são exemplos bem-sucedidos de aplicação da automação às diversas áreas das ciências biológicas e moleculares.

Participarão Steve Oliver, da Universidade Cambridge, Ross King, da Universidade Aberystwyth, e Elizabeth Bilsland, da Universidade Cambridge (Reino Unido), Otávio Thiemann, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, Alexander Henning Ulrich, do Instituto de Química (IQ) da USP, e Mario Murakami, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).

Biólogo do futuro

Segundo Marie-Anne, o simpósio tratará de um novo olhar sobre a biologia. "Esse novo olhar demanda uma formação que, desde muito cedo, seja capaz de transitar em diferentes áreas de especialização. A atuação dos biólogos 'clássicos' sempre será fundamental para gerar conhecimento. Mas precisamos também identificar novos profissionais capazes de transitar em áreas como computação, química e bioquímica, física e biologia", disse.

O evento pretende aproximar essa nova realidade da comunidade científica, estimulando a reflexão sobre as possibilidades de aplicação desse conhecimento interdisciplinar.

"Essa perspectiva será certamente útil, por exemplo, para o Programa Biota, na síntese de moléculas ativas, para o Bioen, em um contexto industrial, ou mesmo para o Programa Fapesp de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, na interpretação de adaptação ao ambiente", disse.

O processo de automação dos experimentos em biologia, segundo a cientista, é fundamental para que seja possível identificar e realizar a síntese de novas moléculas a partir da informação proveniente de pesquisas que gerem dados em grande quantidade, como os projetos Genoma, por exemplo.

"Esses projetos também exigem uma experimentação em escala muito grande, que não pode ser feita manualmente. Portanto, é preciso desenvolver a automação tanto do lado da seleção das moléculas como do lado da triagem posterior", explicou.

Há pesquisadores no Brasil criando novos modelos biológicos e novas moléculas para testá-las em doenças, controle de parasitas no campo ou desenvolvimento de novas drogas, por exemplo. A automação que esses estudos demandam consiste em desenvolver robôs capazes de executar os experimentos. Para isso, é preciso ainda identificar que tipo de conhecimento biológico prévio a máquina precisará.

"De um lado, é preciso gerar a molécula e de outro lado temos que identificar o receptor que acreditamos será afetado pela droga. Precisamos de automação para as duas tarefas, porque às vezes uma pequena mudança na molécula é suficiente para definir a interação. E temos que verificar qual é a melhor interação", afirmou Marie-Anne.

Tradicionalmente, os cientistas sintetizavam uma molécula e mudavam pontualmente seus aminoácidos para observar as alterações. "Hoje, podemos automatizar esse processo, sintetizando milhares de moléculas e testando milhares de variações no receptor de membrana", afirmou.

Fonte: www.mct.gov.br

Brasil apresenta experiência no combate à desertificação!

Como parte da programação da 9ª Sessão do Comitê para Revisão da Implementação da Convenção de Combate à Desertificação (CRIC9), na cidade de Bonn, Alemanha, o Brasil apresenta nesta quarta-feira, 23/02, às 18h, sua experiência e os resultados da implementação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, o PAN-Brasil. A atividade Combatendo à Desertificação pela Gestão de Cooperação e Mainstreaming - Lições Aprendidas do Brasil para a UNCCD acontece na sala Nelson Mandela, BMZ.

O objetivo é demonstrar a importância de uma ampla articulação entre governo, cooperação internacional e sociedade civil para a elaboração e execução de ações voltadas para o combate à desertificação, adaptação e mitigação dos efeitos das secas. Nesse contexto, questões como a formatação de parcerias e mobilização de recursos financeiros para o manejo sustentável da terra serão abordadas sob diferentes perspectivas.

Devido ao tamanho do País e a sua estrutura federal, a implementação do PAN-Brasil, lançado em 2004, envolve o trabalho articulado do governo federal, por meio dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Social (MDS), da Integração (MI), e de Minas e Energia (MME), e foi planejada desde o início em cooperação estreita com os estados afetados pela desertificação e sociedade civil. A cooperação alemã para o desenvolvimento também acompanhou este processo desde o início, e após a elaboração do plano, focou na sua implementação nos estados.

"Queremos combater à desertificação a partir de ações produtivas que promovam o desenvolvimento local com inclusão social e sustentabilidade ambiental, cada uma dessas instituições tem o seu papel imprescindível nesse processo", disse o ponto focal nacional de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello.

Iniciativas como essas projetaram o País a uma posição protagônica no cenário internacional. "O Brasil tem boas práticas no combate à desertificação. Isso chama a atenção da comunidade internacional, que se interessa pela transferência de conhecimento nessa área", afirmou Campello.

A preocupação do País com o tema no contexto nacional e especialmente em âmbito internacional é tamanha que o MMA tomou a decisão de criar uma diretoria específica para o combate à desertificação e a recuperação de áreas degradadas. O departamento tem como missão promover a articulação para implementação do PAN - Brasil e dos Programas Estaduais, e estreitar as ações com os principais parceiros do Brasil, em âmbito internacional: países de língua portuguesa, países árabes, países membros da UNCCD, América Latina, e Portugal. "A ideia é que o Brasil tenha uma participação mais efetiva no cenário internacional", completou.

Participam da atividade, Francisco Barreto Campello, ponto focal nacional, Liduina Carvalho Costa, ponto focal estadual, Paulo Pedro de Carvalho, representando a sociedade civil e Fernando Vargas, representando os parlamentares.

Fonte: www.meioambiente.gov.br