Dentre
inúmeros quadros existem inúmeras pinturas, fotografias e formas artísticas que
vem a ser representadas no universo 2D (Duas dimensões) e até 3D (Três
dimensões) mas muitas das vezes representadas em 2D com perspectiva visuais que
representem o famoso 3D fixas em um pedaço de papel ou em qualquer outra
superfície de outro material no nosso universo físico ou digital.
Para
o inicio ou a consideração de um inicio destas práticas artísticas remete ao
começo das primeiras pinturas rupestres feitas em pares de cavernas muito antes
de 15.000 a.C., mas isso não se intensifica em um único ponto de civilização
humana, mas em várias partes onde tal civilização se acomodou. Tais pinturas
poderiam representar feitos de caçada, feitos ritualísticos e suas iniciações
para o espaço das adorações as divindades de sua determinada tribo para
compreender o mundo a sua volta.
Bem,
devemos pular um imenso período histórico da evolução sociológica, tecnológica,
e artística da civilização humana entre outras coisas, vamos até 1501 a.C. a
1550 a.C., onde na matriz da civilização européia estava em seu auge político,
social e até tecnológico. Neste período começaram a surgir ou circular tanto no
meio de homens letrados e ricos ou sem cultura e pobres desenhos que faziam
sátiras fossem elas políticas e sociais de seus representantes, mas foi na França
que foi determinada esse tipo de arte, não pelos seus padrões artísticos, mas
padrões cômicos e satíricos, recebendo a cunha de “charge” que significava carregada destes significados cômicos e até
ofensivos.
Séculos
depois tais trabalhos continuariam a tomar ênfase em jornais, livros, cartilhas
e até panfletos para denegrir de modo cômico, certos fatos e acontecimentos
sociais, políticos, religiosos, de determinado período atual, antigo ou
presente. Não somente com a ilustração
em si, mas falas destes personagens como em uma história fixada em um pedaço de
papel sendo atuada pelos seus representantes gráficos. As caixas de dialogo
definiam as falas ou narrativa do que poderia estar a acontecer com os
personagens, entre eles, no cenário ou na situação vindoura, tais caixas de
dialogo poderiam aparecer sobre o desenho ou abaixo dele. Existiam assim
quadros extras de representações futuras das ilustrações, exemplo seria se em
uma imagem aparecia um garoto chutando uma bola, em outro quadro apareceria à
bola voando para bem longe dando a impressão gráfica de continuidade ou
movimento da cena.
Já
no século XX veio a consagrar um imenso advento das inovações tecnológicas e
artísticas, neste período veio a surgir a fotografia e os primeiros filmes em
projetores a manivelas sem áudio, a eletricidade muito mais volátil graças a
corrente alternada, o grande êxodo rural e a super expansão populacional junto
o crescimento vertiginoso das cidades para megalópoles, diante disto a evolução
desta arte gráfica classificada neste período como quadrinhos, veio a ser
renovada e ter uma divulgação maior ainda perante as pessoas e de inicio
transformada como meio de entretenimento infanto-juvenil. Mas isso se
consolidou graças a dois grandes quadrinistas.
O
primeiro quadrinista seria o tão aclamado e respeitado mundialmente Will Eisner
desde a década de 1930 até os dias atuais atualizou as formas de pensar e
representar as formas gráficas do quadrinho americano e de modo mundial. Ele
veio a tornar mais dinâmico e sério tal arte, com histórias envolventes e com
uma narrativa mais complexa assim como nos livros, mas desenhando cenas e ações
mais empolgantes como nos roteiros de cinema, verdadeiras obras, principalmente
com a renovação dos “balões de fala”
onde os personagens tinham eles sobre suas cabeças designando assim as falas de
modo mais continuo e dinâmico para com o personagem, a história e até para o
leitor. Ele fez inúmeras obras e sempre se reinventando neste meio artístico e
cultural.
Outro
grande quadrinista, ou melhor, mangaká
foi Osamu Tezuka, quase no mesmo período e com os mesmos ideais e meios de
comunicação, para com o quadrinho, este também conhecido mundialmente, mas
representado desta forma em seu país, no Japão os quadrinhos são conhecidos
como mangás (tradução literal: imagem
involuntária) então os desenhistas destes quadrinhos conhecidos assim como mangaká, este veio a revolucionar também
na dinâmica dos quadrinhos japoneses e suas histórias cheias de emoção e
aventura para com seus personagem e séries, ele também revolucionou a arte
colocando olhos gigantes nos personagem passando a representação das emoções
para os olhos deles, simplificando o entendimento do emocional do personagem.
Em
muitos outros lugares do mundo, e muitas outras épocas a partir dai vieram a
surgir grandes nomes e grandes símbolos deste fabuloso meio de entretenimento
onde mesmo muitos ainda que acreditem ser um meio de entreter e divertir
crianças possa ainda a significar muito para muitos adultos.
No
Brasil existiram muitos que contribuíram para a formação desta arte, como
Ziraldo, Mauricio de Souza, Angeli, Clauco, Mozart Couto, Julio Shimamoto,
Flavio Clim, Fabio Moon e Gabriel Bá, Danilo Beiruth, Caeto Melo, Daniel
Galera, Ulisses Garces e muitos outros, lembrando, que estes vieram de épocas
diferentes assim como Ziraldo e Mauricio de Souza, que compõe a velha guarda
dos quadrinistas brasileiros, os demais outros compõe períodos distintos e
influenciaram muitos outros e hoje influenciam e criaram influenciadores desta
arte, não só eles, mas todos tiveram o mesmo motivo, de poder passar suas
estórias e fantasias para o quadro a quadro com a arte seqüencial entre balões
e ações, onomatopéias e rasuras. Usaram do lápis, papel, caneta, borracha e
nanquim os precursores de suas careias e assim influenciando muitos outros a se
expressarem suas fantasias e diálogos entre tantos e tantos personagens com
inúmeras falas em numerosos balões.
Texto: Wolferson
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